PORTO VELHO (30-01) A próxima quinta-feira será decisiva para o suspense político em que vive o ex-governador e ex-senador Ivo Cassol (PP). É que está na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento de uma ação que poderá alterar artigos da Lei da Ficha Limpa sobre o tempo de contagem da suspensão dos direitos políticos.
Caso o resultado do julgamento seja pela mudança no início da contagem da suspensão dos direitos políticos aos políticos condenados em segunda instância por crime improbidade administrativa, Cassol poderá ser beneficiado e, assim, voltaria a ter a ficha limpa e estaria apto a disputar as eleições deste ano.
A suspensão dos direitos políticos do ex-governador decorre de condenação em todas as instâncias da Justiça por acusação de crime de improbidade administrativa quando era ainda prefeito de Rolim de Moura, no início dos anos dois mil.
Há duas eleições sem ver seu nome nas urnas, Ivo Narciso Cassol, tentou emplacar a esposa, Ivone, ao Senado em 2014, e a irmã Jaqueline à Câmara Federal. Naufragou, como das outras vezes que declarou seu apoio a outros candidatos.
Nos meios políticos, costuma-se definir Cassol como um político bom de voto, mas sem nenhuma capacidade de transferência aos aliados.
Apesar de algumas correntes – sobretudo, os saudosos de sua administração – afirmarem que Ivo é imbatível e que sua entrada na disputa mudaria completamente o quadro, essa ainda não é uma equação pronta.
Em oito anos, o eleitorado mudo consideravelmente e as novas lideranças que surgiram nestes oito anos em que o ex-governador não pode disputar eleição pode ter abocanhado boa parte de seus eleitores.
Essa dúvida, contudo, só a campanha eleitoral vai dirimir.
Mas, para isso, Ivo precisa de uma decisão favorável do STF na tarde da próxima quinta-feira, dia 3.
Caso o Supremo dê uma ‘capada’ na Lei da Ficha Limpa, Cassol poderá, no dia seguinte, oficializar seu nome na disputa contra Marcos Rocha, Marcos Rogério, Confúcio Moura, Léo Moraes e qualquer outro nome que também queira o comando do Estado.
Ou não!
Carlos Araújo, para o www.expressaorondonia.com.br, com informações do blogopiniaodeprimeira
