RO, Sábado, 04 de maio de 2024, às 21:26



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STF aponta para acabar com revista íntima em visitas a presos

Até o momento, seis ministros avaliaram que a prática viola os princípios da dignidade humana e da proteção à intimidade. Os ministros já definiram que as provas obtidas com o procedimento são ilícitas

BRASÍLIA – Um dos principais responsáveis pelo exponencial crescimento da criminalidade, segundo alguns inconformados e outros entendidos no assunto, é a incapacidade do sistema prisional de manter  uma pessoas apanhando em flagrante delito preso. Se não for pelas deficiências do sistema, o criminoso no Brasil é amplamente beneficiado pela legislação e muitas vezes – mesmo tendo uma enorme folha  corrida de reincidência em crimes – fica preso. O resultado desse caldeirão é o exponencial aumento da violência, abençoada por setores do estado.

E, caso seja aprovado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) – falta pouco – uma nova medida, a situação para a polícia penal, agentes sócio-educadores e, ao final, para a sociedade, tende a piorar ainda mais.

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Será esse o objetivo, meu Deus?

O plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para declarar inconstitucional a realização de revistas íntimas em visitantes de presídios. Além disso, os ministros definiram que as provas obtidas com o procedimento são ilícitas. Até o momento, seis ministros entenderam que a prática viola os princípios da dignidade da pessoa humana e da proteção à intimidade.

No voto, o relator, ministro Edson Fachin, afirmou que as provas obtidas a partir de práticas vexatórias, como agachamento e busca em cavidades íntimas devem ser consideradas como ilícitas, por violação à dignidade da pessoa humana e aos direitos fundamentais à integridade, à intimidade e à honra.

O ministro, entretanto, disse que a revista pessoal por policiais pode ocorrer apenas após a passagem do visitante por detectores de metal e é uma medida para ser utilizada apenas quando houver elementos que indiquem a suspeita de porte de algo proibido.

Fachin foi seguido pelos ministros Roberto Barroso, Rosa Weber, André Mendonça, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia.

Divergência

O ministro Alexandre de Moraes teve um entendimento diferente. Para ele, nem toda revista íntima pode ser automaticamente considerada abusiva, vexatória ou degradante. Segundo ele, em casos excepcionais, essa revista, embora invasiva, pode ser realizada, desde que em situações específicas.

Moraes foi seguido por Dias Toffoli e Nunes Marques.

Por: Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

Fonte: R7.com






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