PORTO VELHO – Improvisações e gambiarras estão na ordem do dia em Rondônia, juntamente com riscos e perigos de acidentes de trabalho. A pauta prioritária da seção estadual do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Ibape) ganhou visibilidade na semana passada, quando a classe participou de uma palestra a respeito do tema, no auditório da OAB-RO.

“Muitas surpresas têm sido tristes para nós todos, por essa razão entramos de cabeça no assunto”, assinalou o presidente do Ibape-RO, engenheiro florestal Joel Magalhães.

Em mensagem no dia 1º de maio, ele lembrou que os riscos psicossociais, exposições às condições propícias à ocorrência de perigos de acidentes e doenças ocupacionais estão cada vez mais presentes nos ambientes de trabalho.

Gambiarra com furadeiras elétricas

Um plano de ação de melhorias contínuas dos hábitos e costumes serve como insumos tecnológico, normativo e legal para identificar, classificar e avaliar os níveis de perigos e perigos químicos, físicos e biológicos.

Magalhães disse que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estabeleceu o dia 28 de abril como a data em memória às vítimas de acidentes e doenças relacionadas à função laboral e reconheceu a segurança e saúde no trabalho como princípio e direito fundamental.

“Embora a OIT tenha estabelecido um dia para comemorar o trabalho, nós todos, adultos, responsáveis, conscientemente comprometidos com o nosso próprio bem-estar e o da família dos nossos colaboradores, amigos e da sociedade em geral, trabalhamos todos os dias, muitos em domingos feriados, dias santos, datas comemorativas consagradas e, em qualquer ambiente de trabalho, estamos sujeitos a contrair doenças ocupacionais”, observou o presidente do Ibape-RO.

Porto Velho não foge à regra em se tratando das piores gambiarras com fios elétricos e telefônicos

Conforme explicou na nota divulgada ontem, 1º, a exposição a riscos e perigos de acidentes, na grande maioria das vezes se deve ao desconhecimento de meios e métodos de prevenção, outras vezes por descuido, negligência e, não raras vezes, até por ignorância.

“Em nossa faina cotidiana, em qualquer cenário, em qualquer ambiente, seja no escritório, na fábrica, no comércio, na oficina, no laboratório, na agricultura, na pecuária, na floresta e similares, no trânsito com índices alarmantes de acidentes no trânsito são alarmantes, tanto nas cidades, quanto nas estradas”, disse.

O cansaço e o estresse ameaçam até mesmo as mães responsáveis pela gestão do lar e de todos os afazeres domésticos. Ao mesmo tempo, ambientes de tratamento hospital, clínica, UPAs e correlatos acolhem os vulneráveis expostos, involuntariamente, aos mais diversos tipos de riscos e perigos de acidentes e doenças, em índices bem superiores a outros tipos de trabalhos assinala a nota do Ibape-RO.

Dentre as atividades laborais, até mesmo pessoas infratoras envolvidas em assaltos, roubos, pilhagens, saques, arrombamentos, entre outros, se expõem a riscos e dão trabalho à saúde pública. “Executores estão demasiadamente em risco, ainda que em alguns casos haja minuciosos planejamentos prévios às práticas, tal qual roubos a bancos, casas lotéricas, grandes joalherias, e a alguns tipos de comércios, condomínios e residências”, explica Magalhães.

Cadeado improvisado em buracos na lataria do automóvel

“Ladrões que cobiçam grandes fortunas em dinheiros, joias, veículos e outros bens valiosos, por mais que se dediquem a traçar estratégias, táticas e formas de prevenções específicas, ainda assim, em muitos casos sujeitam-se ao risco de sofrer ferimentos graves e, não raramente, à perda da vida em confronto com a polícia, com seguranças privados ou até mesmo com proprietários dos bens alvo do roubo, e por vezes envolve-se com o  latrocínio, um tipo de ato preterdoloso (roubo qualificado pelo resultado), exigindo-se dolo no antecedente e mera culpa no consequente”, emendou.

No contexto da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes no Trabalho, em eficiente parceria entre o Ibape-RO e a Superintendência Regional do Trabalho do Estado de Rondônia, novas ações resultam em melhor conscientização.

Abrindo a ventilação com garrafa plástica

“Estamos todos mobilizados com a Secretaria de Inspeção do Trabalho, do Ministério de Trabalho, conduzida pelo auditor fiscal do Trabalho da SRTb/RO Juscelino José Durgo dos Santos, e todos aceitaram o nosso convite para ouvir e participar de valiosíssimos ensinamentos do mestre em Trabalho, Saúde e Ambiente, Rubens Patruni Filho.

Engenheiro civil de segurança do trabalho e auditor fiscal nessa área, foi ele quem explicou ao público da palestra no auditório da OAB-RO conhecimentos estribados em pesquisas, estudos e experiências técnico-cientificas, testadas e comprovadas na prática de campo da maneira como se prevenir para evitar adoecimentos, riscos e perigos de acidentes nos mais diversos ambientes e cenários laborais.

“Ficamos muito satisfeitos, porque o doutor Patruni Filho transmitiu sua palestra com insofismável didática e incomparável domínio do assunto, graças à sua capacitação nessa área”, agradeceu o presidente do Ibape-RO.

O QUE O AUDITOR TRANSMITIU

  • “Apesar de existirem leis, normas, tecnologias nacionais e internacionais [Diretrizes para Gestão em SST/2001; NBRs da ABNT; NRs do MT; British Standards Institution-BS 8800/96; OHSAS 18001/99; International Labour Organization; International Organization for Standardization-ISO 45.000/2018 e o Grupo de Trabalho 2009/2010], de modo estarrecedor e amadoristicamente o brasileiro é acostumado, useiro e vezeiro a adotar a prática da improvisação.
  • Ele se utiliza das mais “sui generis” gambiarras, arriscando, sobre medida a segurança e a própria vida em situações totalmente descabidas e, até se vangloriam de tais peripécias.
  • Gestão de riscos deve estar patente na alta cúpula da todas as organizações públicas e privadas, assim como em qualquer ambiente, inclusive doméstico, porém de forma a envolver todas as partes interessadas, principalmente os trabalhadores, sem descuidar dos fornecedores, consumidores, aderentes e demais interessados.
  • A condição “sine qua non” para o sucesso do processo, além de confiar nos propósitos da gestão, é a adoção de um plano de ação de melhorias contínuas dos hábitos e costumes, valendo-se de assistência técnica e dos insumos tecnológicos, normativos e legais para identificar, classificar e avaliar os níveis de perigos e perigos químicos, físicos e biológicos.
  • Transmiti-los com uma comunicação envolvente e de fácil entendimento, eis o aconselhamento. A isso conta-se com a indispensável disponibilização de recursos humanos, materiais, logísticos e financeiros suficientes, contemporâneos administrados de forma responsável e eficaz para implementar as medidas de proteção de maneira a produzir resultados eficientes e condizentes com as boas práticas na produção de bens e serviços em todos os meios laborais.
  • Deve haver medidas previstas em todas as fases das atividades em desenvolvimento visando evitar, eliminar, minimizar ou controlar os riscos ocupacionais; ou seja, há necessidade do planejando, execução, controle, monitoramento e avaliação dos procedimentos, de modo racional e continuamente.
  • Além disso é preciso ter fé e torcer para que dê tudo certo conforme previsões desejáveis, considerando os objetivo e metas, dentro do cronograma de prazos pré-estabelecidos.                                                                                                                                                                                                                                                                                            EXPRESSÃO RONDÔNIA
    Fotos: Tech Tudo, Clima e Mudança Climática, e Pinterest

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