PORTO VELHO – O Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero) descobriu segunda-feira, 30, mais dois falsos médicos atuando em Rondônia. No caso, uma mulher de 50 anos foi flagrada atendendo em uma clínica de saúde ocupacional, em Porto Velho, usando nomes e carimbos de outros médicos nos atendimentos. Ficou comprovado, ainda durante a fiscalização, o exercício ilegal da medicina, também, exercida por parte do filho da mulher flagrada.
Estranhamente, em nome da proteção que deve dá aos médicos, o CRM não divulga sequer as iniciais das pessoas que cometem este crime, como se a população que é enganada por eles fosse menos importante do que estes atos criminosos.
Pensando bem, se em Porto Velho, onde o Cremero diz que mantém fiscalização permanente, a situação é de flagrantes exercícios ilegais da medicina, imagina em cidades menores, onde a fiscalização do CRM não é presença constante.
O Cremero também age de forma amadora, ao não oficia a polícia para acompanha-los nestas fiscalizações com possibilidade de flagrantes ao exercício ilegal da medicina. Esse crime dá prisão em flagrante e quem deva dar essa voz de prisão é a polícia.
Neste caso de segunda-feira, por exemplo, mesmo tendo sido pega em flagrante praticando o crime de exercício ilegal da medicina, colocando a vida de pessoas em risco, a mulher conseguiu fugir do loca, sob o argumento de que iria chamar o advogado. Daí a importância de ter uma autoridade policial presente, como o Cremero fazia em tempos não muito distantes.
A impressão que passa é que atualmente tudo é feito para facilitar a vida de quem comete este crime, em detrimento da saúde pública.
É um baita estímulo a que outros venham a cometer a mesma prática delituosa.
Após ser informada que seria conduzida para delegacia, a falsa médica disse que iria chamar seu advogado e aproveitou para fugir do local. Já o filho, de 32 anos, que se identificou como responsável pela empresa, foi encaminhado para delegacia para prestar esclarecimentos.
Durante a fiscalização, na clínica foram encontrados vários medicamentos de uso hospitalar, como ampola de morfina, tramal, lidocaína etc. O lote dessas medicações atesta procedência do Hospital de Amor Amazônia, havendo possível desvio desses entorpecentes.
A equipe de fiscalização entrou em contato com a direção técnica do hospital e foi informada que não havia sido autorizado qualquer remoção de remédios para outro local, que possivelmente os remédios foram desviados por alguém.
O falso médico foi preso e responderá por diversos crimes, como falsidade ideológica, exercício ilegal da medicina e tráfico de entorpecentes.
Em julho, uma mulher que se passava por médica foi presa em flagrante, atuando no Hospital de Campanha de Covid, em Porto Velho.
O Cremero informa que só tem poder de atuação entre médicos legítimos e que casos de exercício ilegal da medicina, serão encaminhados para esfera criminal.
Para ajudar na identificação de falsos médicos e coibir o exercício ilegal da medicina, o Cremero disponibiliza em seu site a seção “Busca por Médico”.
A iniciativa possibilita uma consulta simples pelo nome ou do número de CRM do médico. A pesquisa informa a situação do registro, inclusive se ele está ativo, se foi cassado ou transferido para outro estado.
Com informações da Assessoria de Imprensa