PORTO VELHO – O Diário Oficial do Estado desta terça-feira traz a oficialização da técnica Gisele da Silva Santos Viana para assumir interinamente como secretária-chefe da Casa Civil, a mais importante secretaria de um Governo. O titular do cargo, Júnior Gonçalves, está afastado das funções por determinação da Justiça, já que está sendo investigado por suspeita de irregularidades graves e direcionamento de licitação na publicidade governamental.
Gisele da Silva Santos Viana era diretora executiva da Casa Civil e é esposa do major PM Viana, subchefe da Casa Militar e ajudante de ordens do governador Marcos Rocha. A nomeação não deve alterar muito a rotina daquele órgão, conforme ouviu-se ontem em prédios do CPA, onde fica a sede do Governo.
Conforme a portaria assinada pelo governador Marcos Rocha, Gisele vai assumir chefia da Casa Civil “cumulativamente” com a função que vinha exercendo.
Sem nenhum demérito para Gisele Viana, mas a nomeação demonstra que o depois de quase dois anos e meio de administração, o Governador não compreendeu a importância estratégica da Casa Civil para o andamento da administração e para as relações com os outros poderes.
De acordo com quem transita diariamente pelo gabinete governamental e cercanias, a ascensão de Gisele é uma vitória da Casa Militar, cujos integrantes nunca teriam aceitado a nomeação de Junior Gonçalves para Casa Civil e viviam censurando, mesmo que veladamente, o seu modus operandi.
Pelo que se comenta nos corredores do CPA, o governador continua repetindo o mesmo discurso, apesar de todas evidências em contrário, de que Júnior Gonçalves não foi retirado da função, por seis meses, por decisão judicial, conforme noticiado no início da semana a partir de nota divulgada pelo Gaeco, órgão de combate ao crime organizado na esfera pública.
QUEM É
Gisele da Silva Santos Viana, conforme informações colhidas ainda no próprio CPA, é casada com o major PM Viana, subchefe da Casa Militar do governador Marcos Rocha. É muito ligada a Júnior Gonçalves, de quem era responsável pela agenda, o que leva, ainda como se ouviu, à confirmação que apesar de tudo, Marcos Rocha não pretende afastar definitivamente o titular. Por isso, colocou na função alguém apenas para, literalmente “tapar buraco”, enquanto aguarda que se encontre solução para o problema gerado pela operação do Ministério Público.
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