RO, Terça-feira, 07 de maio de 2024, às 1:09



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Colômbia mostra o papel dos jovens do Dignidade, novo partido político

A relação entre juventude e mudança, visão dos jovens como críticos do presente e lutadores do futuro, é um quadro clássico no mundo ocidental, escreve Juan Manoel Ospina no Espectador.

“Veneramos a sabedoria e a experiência que os anos proporcionam. Na Colômbia, a voz e a energia juvenil estiveram presentes em muitos dos momentos de mudança, desde a Independência, na chamada Revolução de meados do século XIX, nas agitadas décadas de vinte e trinta do século passado e até mesmo no romântico sonho da guerra revolucionária da segunda metade do século.

Ele prossegue:
“Os jovens do mundo e da Colômbia reaparecem hoje em cena com suas vozes de rejeição ao que existe e seus apelos à mudança; vozes carregadas de emoção, fortes numa pretensão que é preciso especificar “para passar da indignação à justa ação”, lema dos jovens do novo partido Dignidade”.
“Reaparecem em anos caracterizados por uma profunda crise da política, como era conhecida há mais de um século, e em que os jovens não são vistos, nem interpretados, nem representados. São anos em que o sistema econômico tem sido marcado, em graus diversos e mesmo em países outrora socialistas, pela imposição dos interesses do capital financeiro, cuja finalidade fundamental, ao contrário do industrial que prevaleceu desde o início da industrialização, não é para criar novas riquezas, novas empresas, empregos e processos tecnológicos, mas antes comprar o esforço e o trabalho realizados durante décadas pelo capitalismo industrial, num processo imparável de concentração de riqueza e poder”.

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“Hoje, abundam as notícias econômicas sobre fusões e aquisições de empresas, e não sobre a criação de novas. Aumenta a concentração da riqueza e com ela a pobreza, a falta de oportunidades e de emprego, que geram incertezas para os jovens, senão francamente insegurança quanto ao seu futuro num mundo em que são profundamente críticos”.
[Montezuma Cruz]






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