JI-PARANÁ – Há um ano e pouco menos de dois meses para a eleição municipal do ano que vem, o horizonte em Ji-Paraná está bem indefinido, assim como a situação do atual prefeito Isaú Fonseca (afastado do cargo por ordem judicial) e que não consegue mensurar o tamanho do estrago deste afastamento para o seu futuro político. Isaú tinha como favas contadas a reeleição, fazendo uso dos recursos repassados pelo Governo do Estado para fazer obras que lhe garantam maior visibilidade.
De acordo com fontes ouvidos por este www.expressaorondonia.com.br, se a eleição fosse hoje, Isaú ainda seria um candidato forte, competitivo. Mas não é possível apostar como a situação dele ficará no desenrolar do processo que responde acusado de desvio de recurso públicos.
Caso Isaú saia muito enfraquecido desta contenda jurídica ou não obtenha as condições para disputar uma nova eleição, o campo fica aberto para dois candidatos também muito fortes: o ex-prefeito por duas vezes Jesualdo Pires (PSB) e o deputado estadual Larte Gomes (PSD), o homem que atribui a crise do setor aéreo em Rondônia a uma máfia que seria inicialmente forma no Judiciário, mas que depois ele disse que, na verdade, é formada por advogados.
Afastado do cargo após deflagração da operação “horizonte de eventos”, no início do último mês de julho, o prefeito de Ji-Paraná, Isaú Fonseca (UB) vem sofrendo seguidas derrotas na tentativa de tentar reaver seu mandato através da Justiça.
Ele é acusado pelo Ministério Público de ser o líder de uma organização criminosa que desviou dinheiro dos cofres da prefeitura de Ji-Paraná, Isaú Fonseca está vendo desaparecer entre seus dedos a possibilidade, até então dada como certa, de garantir um segundo mandato no pleito de 2024.
Uma das fontes ouvidas em Ji-Paraná, pela reportagem do expresssaorondonia lembra que o deputado Laerte Gomes também sofreu esta mesma acusação pelo Ministério Público, quando era prefeito de Alvorada do Oeste e, no entanto, conseguiu se reabilitar e continua ganhando eleições.
Isso pode se repetir com o prefeito Isaú Fonseca?, questionamos nosso interlocutor: “cada caso é um caso, mas o Isaú não pode ser subestimado”, responde , com certa prudência.
De toda sorte, o precalço jurídico na caminhada de Isaú deixa caminho aberto para os dois nomes que se antagonizam ideologicamente no segundo maior colégio eleitoral do estado, podendo levar a disputa a prefeitura no ano que vem para a polarização entre a esquerda e a direita, tendo de um lado o ex-prefeito Jesualdo Pires (PSB) e do outro o deputado Laerte Gomes (PSD).
Laerte já não esconde de ninguém o desejo de administrar a cidade de Ji-Paraná e conta com força do agronegócio na região. Já Jesualdo vem com o selo de probidade, já que em seis anos há frente da prefeitura nunca foi alvo de qualquer indicio de esquema de corrupção.
Tudo indica que um confronto como esse elevaria o debate político em Ji-Paraná, já que Laerte possui apoio de comunidades rurais, produtores e empresário do agronegócio, enquanto Jesualdo possui uma enorme força em meio às federações, sindicatos e grupos ligados à movimentos sociais.
Enquanto isso, Isaú aguarda uma análise de mérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para saber se continua impedido ou não de exercer o seu mandato.
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