PORTO VELHO – Apesar dos esforços propagados pela administração municipal durante a campanha eleitoral de que Porto Velho é uma cidade bem mais limpa do que era há quatro ou cinco anos – é não é mentira não, posto que, receber a administração das mãos do lento prefeito Mauro Nazif, não demandaria muito esforço de seu sucessor para superá-lo -, a capital do estado continua ostentando o título de uma das capitais mais sujas do Brasil.
O carro coletor de lixo passa até três vezes por semana nos mais diversos pontos da capital rondoniense, mas isso não basta para acabar com a quantidade de lixões que os próprios moradores ou algumas empresas criam, frutos de restos de obras, sacolas de lixo e outros rejeitos domésticos. É só dar uma volta pela cidade para constatar o quanto o próprio morador contribui para aumentar o título de que Porto Velho seja uma das piores capitais do país quando o assunto seja limpeza.
Há de se veicular muito mais campanhas educativas, daquelas de ‘pegar no pé’ do morador mesmo.
Claro, a prefeitura também tem culpa, até porque não aplica o Código de Postura do município para flagrar e punir os muitos sujões que infestam a cidade, alguns deles, como disseram a um repórter do site, elogiando que suas cidades são limpas, mas, aqui, mantendo as frentes das casas com mato ou água estagnada. E pior, jogando lixo na esquina.
Com a prefeitura não fazendo sua parte, o contribuinte, que reclama do preço do IPTU e das taxas – que, aliás, são caras em relação ao que se espera seja feito pelo órgão arrecadador, a sujeira continua a imperar. É um problema cultural da população, não tenha dúvida, mas há também de se reconhecer que a Prefeitura deveria utilizar melhor o investimento em publicidade oficial para manter uma permanente campanha educativa – na tv aberta e na internet, redes sociais, etc… – quanto ao descarte do lixo.
Assim, o mesmo morador que reclama da sujeira não faz sua parte, e continua a jogar lixo na esquina, ainda que exista um tanque coletor, mas via de regra as sacolas e outros vão mesmo para o chão.
O resultado disso, além de piorar o aspecto da cidade, aumenta a chance de atração de animais indesejados, ampliando muito a possibilidade do surgimento de mais casos de dengue, malária e outras doenças.
Há casos em que árvores são cortadas pela própria prefeitura, e deixadas lá onde foram derrubadas durante meses, como aconteceu recentemente na Rua Tenreiro Aranha, ao lado do colégio Dom Bosco: depois de dois meses reclamando, os restos de uma árvore desobstruíram a calçada e foram colocados mais adiante, pelos próprios moradores.
E também há casos em que órgãos públicos fazem obras, como este expressaorondonia denunciou em dezembro do ano passado, uma obra feita numa agência do Banco do Brasil, na Nações Unidas e cujos restos ficaram mais de um mês, conforme pessoas que trabalham nas proximidades, esperando serem retirados.
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