RO, Terça-feira, 17 de junho de 2025, às 10:29







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Rondoniense Samuel Saraiva recebe insígnia de “assessor de Trump” por contribuições à cidadania

WASHINGTON, DC O reconhecimento da ação cidadã voluntária e meritória é uma prática tradicional usada em países do chamado 1º Mundo. O rondoniense Samuel Sales Saraiva recebeu-a na semana passada, em Washington, DC (EUA). Trata-se de uma ferramenta importante de distinção participativa de cidadania, muito pouco valorizada no Brasil.

Em meio a um mundo conturbado por conflitos, guerras e mudanças de tarifas econômicas internacionais, Saraiva se viu ator diferenciado em sua vida nos EUA: “Foram quase quatro décadas dedicadas ao Brasil, com propostas sérias, apresentadas voluntariamente, sem reconhecimento, algumas delas engavetadas, sem discussão do mérito, outras descaracterizadas e outras rapinadas; aqui foi diferente”, ele disse ao repórter.

“Não sou movido a carícias ao ego ou por dinheiro, mas confesso que receber uma distinção do Comitê Nacional do Presidente americano deixa a sensação de que meu tempo não foi perdido, mesmo sendo agraciado com esse título de valor apenas simbólico”, acrescentou.

Sucessivamente, em 2016, 2020 e 2024, identificado com os ideais republicanos, Samuel Saraiva, participou ativamente do Movimento “Make America Great Again (MAGA)” dedicando-se voluntariamente às campanhas de Donald Trump, atuando como influenciador junto à comunidade latino-americana nos Estados Unidos.

Presidente dos EUA concede a Samuel Sales Saraiva credencial simbólica de assessor

Na primeira campanha, ele defendeu o voto em Trump, o que valeu um artigo publicado no jornal Folha de São Paulo.

Saraiva manteve sua posição nas eleições seguintes. Foi autor de propostas submetidas ao Comitê Nacional Republicano e a membros do Congresso dos EUA, visando aprimorar a legislação sobre migração.

O rondoniense foi autor intelectual de diversas propostas apresentadas ao Presidente Trump e participou ativamente das três campanhas presidenciais.

São estas as recentes contribuições disponíveis publicadas em seu site.

Assegurada aos filhos de indocumentados nascidos em território americano a nacionalidade de seus pais

Quando propôs que crianças nascidas de imigrantes indocumentados nos EUA tivessem direito à nacionalidade de seus pais na obtenção do passaporte de seus respectivos países de origem, a fim de impedir a procriação incentivada pela possibilidade de obter residência legal após o filho alcançar a maioridade. O tema foi submetido à apreciação em 2019.

Na ocasião, Saraiva considerou igualmente “ilegal e desonesto” o crescente “turismo de maternidade” praticado por estrangeiros que chegam àquele país com vistos de turista, ou desembarcam ilegalmente pela fronteira com o México, muitas vezes tornando a vida de crianças vulnerável no deserto árido, “usando-as criminosamente como escudos e violando as leis federais de imigração.”

Samuel, cidadão americano, foi rconhecido por diversos serviços prestados aos Estados Unidos

Como alerta, Saraiva, aconselhava que “a imigração ilegal para os EUA deixaria de ser atraente, quando os filhos de imigrantes ilegais não tivessem direito à cidadania obtida ilegalmente, cancelando-se o ‘turismo de maternidade”.

Ações administrativas, e auditoria para revisão de pedidos inconsistentes de asilo político

Ponderava também a respeito de uma “lucrativa indústria administrada por advogados liberais disfarçados de ‘defensores dos direitos humanos’, “que forjam pedidos de asilo frívolos.” “Além de ignorar a ética profissional e tirar vantagem financeira de imigrantes ilegais, eles enganam juízes, em detrimento dos interesses nacionais.

“Uma maneira fácil de corrigir essa distorção e servir de exemplo seria rever os asilos aprovados nos últimos anos, submetendo os beneficiários a um exame de polígrafo e, se for constatada fraude processual, cancelar o benefício e processar esses advogados desonestos e fraudulentos, enviando uma mensagem clara a todos os advogados de imigração” – sugeria.

Aumento de taxa para remessas internacionais

 “Imposto de 30% sobre remessas internacionais acima de US$ 200 pode auxiliar a política de imigração”, ele sugeria governo americano.

Fim da distinção entre ações criminosas violentas e violações civis de imigração

Sugeria que o Presidente Trump pedisse aos cidadãos que auxiliassem a polícia de imigração com dicas que levem à prisão e deportação de criminosos e fugitivos.

Exigência de exame de polígrafo para obtenção de visto

“É melhor prevenir do que remediar” – apontava Saraiva a Trump sugerindo um teste de polígrafo como requisito para todos os pedidos de visto e asilo nos EUA.

Aplicação do princípio da reciprocidade proporcional ao número de cidadãos estrangeiros ilegais

Saraiva sugeria ao Comitê Nacional Republicano acenar com a aplicação desse princípio após alguns governos exigirem vistos de cidadãos americanos para visitas de turismo. E questionava: “Gostaria de saber o número de imigrantes norte-americanos que conseguiram no passado visto de turista com propósito fraudulento de permanecer no Brasil ilegalmente, ou entraram pela fronteira da Amazônia de forma criminosa.”

“Os EUA talvez sejam a nação mais generosa no acolhimento de imigrantes que atendem o perfil de imigrantes que o país busca”, elogiava. “Os números de concessão de vistos comprovam.”

Trump reconhece trabalho de rondoniense (Foto Daniel Torok/White House)

Carta aberta a Trump “e patriotas”

Nela, Saraiva dizia-se observador do processo legal de naturalização e das leis vigentes, razão pela qual invoca o cumprimento dos “deveres impostos pela consciência cidadã e a responsabilidade de contribuir com os interesses do país ao qual hipotecou lealdade.”

Com a visão de imigrante adquirida na experiência de três décadas nos EUA, Saraiva ponderava a respeito de alguns argumentos fundamentais, e possivelmente não percebidos nos EUA: “As leis precisam ser adaptadas em consonância a dinâmica da sociedade e dos novos tempos, sob pena de se tornarem sem eficácia, ou mera abstração de direito, deixando um vácuo de autoridade e poder”, reivindicava.

Um alerta sobre o chamado ‘sonho americano’

Saraiva acredita que o debate sobre uma reforma imigratória, desde que “condizente e justa”, oferecerá resultados positivos a longo prazo. Para ele, não basta fechar a fronteira ou deportação em massa, se os incentivos garantidos em lei continuam atrativos e vigentes.

“O sonho americano teria pouca probabilidade de ser realizado de os métodos por alcançá-lo forem feitos de forma desonesta e ilegal, nesse caso, a probabilidade de um ‘pesadelo americano’ seriam reais, enfatizava.

Projeto Transfronteira

Durante mais de três décadas nos EUA, esse cidadão brasileiro, rondoniense, ex suplente de deputado federal na 47ª legislatura, elaborou vários projetos de lei, entre os quais se destacaram o Projeto Transfronteira; proposição sobre obrigatoriedade da educação ambiental para tomadores de empréstimos públicos ou privados para projetos na área ambiental; e o Plano de Desenvolvimento Agropecuário da Amazônia – Plano Amazônia + Sustentável, instituído por intermédio da Portaria MAPA nº 575, do Ministério da Agricultura e Pecuária-MAPA lançado em 5 de abril de 2023, conforme ofício nº 283/2023/SDI/MAPA, datado de 28 de julho de 2023.

Brasileiros na contramão da razão  👆

Aproveitando o reconhecimento da condição de assessor do Presidente Trump, Saraiva comentou a respeito deste fato:

“Uma forma nada inteligente para gerar simpatia e ajudar os indocumentados obter o perdão pela invasão territorial e obterem a legalização. Acabam sendo úteis aos propósitos vingativos dos descontentes democratas que perderam a eleição.”

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