RO, Domingo, 01 de junho de 2025, às 11:29






RODOVIÁRIA 2 – Com a baderna e desorganização atual, novo prédio no mesmo local não vai cumprir sua finalidade

PORTO VELHO – Um dos grandes desafios no projeto de construção de um novo terminal rodoviário, em Porto Velho, não é apenas a construção de um novo prédio e a estrutura física necessária. Vícios que vieram desde o tempo da estação anterior perduram na atual, prejudicando não só o seu funcionamento, mas, também, irritando usuários.

Para usar os serviços oferecidos pela rodoviária, o usuário tem de passar por um autêntico “corredor polonês”, formado por vendedores ambulantes, pedintes, taxistas disputando passageiros ou em rodinhas de bate-papo etc.

Este pardieiro que chamamos de rodoviária da capital é o cartão de visita oferecido a quem chega à cidade

Tudo isso faz com que o usuário repita sempre que a capital rondoniense tem a pior rodoviária do Estado, incluindo aí a falta de policiamento e de uma administração que não se limite apenas a cumprir funções burocráticas.

O anúncio feito conjuntamente pelo governador Marcos Rocha e pelo prefeito Hildon Chaves, apenas repete a mesma fórmula de seus antecessores, ainda mais agora por ser mais que sabido ambos terem interesse eleitoral para 2022 – ambos são potenciais candidatos até a governador, no caso de Rocha à reeleição.

A OBRA

Construída no início do governo Jorge Teixeira, em 1980, a rodoviária está com 40 anos de serviço prestado, e há muito tempo já não supre sua finalidade, e não apenas pelo próprio prédio, mas, também, por outras questões que, ao longo do tempo são “empurradas com a barriga”.

Sua localização tem provocado muitas críticas ao longo dos anos, por motivos os mais variados, mas que podem ser sintetizados pelo fluxo do tráfego de veículos – talvez menos de 10% do que circula todos os dias na zona urbana da capital atualmente.

O aumento da produção agrícola cresceu a quantidade de carretas que circulam na zona urbana de Porto Velho usando a mesma avenida onde se localiza a rodoviária

E o aumento do tráfego de veículos não pode desconsiderar que com o uso das balsas para transportar a produção agrícola via Rio Madeira, mais que multiplicou a quantidade de veículos pesados, incluindo carreta rumo aos dois portos existentes na zona urbana de Porto Velho, e esse tráfego pesado usa a principal avenida de acesso ao porto e passando em frente à rodoviária, a Avenida Jorge Teixeira.

 

Outro fator que deve chamar a atenção de quem pretender levar a sério a construção de uma nova estação é a evolução do número da população da capital, nesse período de 40 anos: àquela altura eram 133 mil habitantes – incluídos moradores dos atuais municípios de Candeias do Jamari e Itapuã do Oeste, então distritos de Porto Velho.

Atualmente a estimativa da população chega a 600 mil moradores, além da população do Estado ter mais que triplicado, passando de 460 mil residentes para mais de 1,7 milhão de pessoas o que implica no aumento do fluxo de passageiros e usuários da estação, exigindo uma infraestrutura muito melhor que a atual, além dos serviços de atendimento.

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