IGAPÓ ACÚ (AM) – Os passageiros de um ônibus que fazia a linha Manaus – Humaitá – Porto Velho tomaram um grande susto, por volta da meia noite da quarta-feira, quando o veículo desceu o barranco próximo a comunidade de Igapó Açu. O incidente ocorreu em um trecho da BR-319, rodovia inaugurada em 1976 e que liga Manaus, no Amazonas, a Porto Velho, em Rondônia. Há mais de 30 anos, a rodovia sofreu depredação e teve alguns trechos em que foram arrancada a pavimentados, o que causa prejuízos para quem precisa trafegar por ela.
A aventura de tentar transpor os 870 quilômetros entre Porto Velho (RO) e Manaus pela BR-319 (a única alternativa de saída terrestre para os amazonenses e que já foi completamente asfaltada) lembra a saga de transpor o trecho de Cuiabá (MT) a Porto Velho (RO) nas décadas de 1970 e 1970, quando iniciou a corrida migratória para o Oeste.
No local, alguns passageiros relataram que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT havia proibido a empresa responsável pela manutenção no trecho de puxar os veículos que atolam na BR-319.
A rodovia possui trechos danificados e não tem pavimentação em uma trecho de cerca de 400 quilômetros, denominado de ‘meião’, com enormes atoleiros a serem transpostos no período de chuvas. Os problemas também causam transtornos na época de estiagem com o aumento dos buracos e poeira que tornam o tráfego ainda mais perigoso, isso sem falar nos danos materiais causados aos veículos.
Recompostos do incidente que, felizmente não deixou vítimas fatais nem feridos, os passageiros tiveram de percorrer a pé cerca de dois quilômetros até a comunidade mais próxima, chamada Igapó Acú, onde pediram ajuda.
O transtorno só acabou quando uma empresa particular, a Amazônia Navegações, deslocou uma das suas máquinas até o local, onde, com a ajuda de alguns caminhoneiros conseguiram tirar o ônibus do barranco.
A recuperação da BR-319, permitirá a volta da interligação rodoviária entre Porto Velho (RO) e Manaus (AM), e que os empresários de Rondônia tenham acesso ao mercado manauara em cerca de dez horas, fornecendo diversos produtos alimentícios com custo reduzido e logística mais rápida e eficaz.
Mas a rodovia possui trechos danificados e sem pavimentação, o que provoca atoleiros quando chega o período de chuvas.
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