O Senado aprovou ontem, com modificações, a resolução que autoriza remessa ao Congresso dos Estados Unidos e outros organismos internacionais dos resultados da comissão de inquérito sobre lavagem de dinheiro e delitos conexos. A informação é manchete na edição desta sexta-feira do jornal ABC Color, de Asunción.
A medida também dispõe levar esse informe aos organismos internacionais de combate à lavagem de dinheiro e crime organizado, a exemplo do Grupo de Ação Financeira da América Latina (Gafilat), Comitê Interamericano contra o terrorismo da Organização dos Estados Americanos (OEA), Escritório das Nações Unidas contra a droga e Delito, entre outras instituições.
A resolução dispõe facultar ao presidente do Senado, Óscar Salomón (ANR-oficialista) a designar uma delegação parlamentar para acompanhar esses organismos, caso a Câmara considere necessário.
A proposta do senador Eusebio Ramón Ayala (PLRA) inclui também um artigo que dispõe remeter ao Ministério Público o informe da Comissão de Inquérito sobre lavagem de dinheiro às demais instituições responsáveis da investigação.
O projeto original apresentado pelo senador liberal Enrique Salyn Buzarquis teve várias modificações, já que inicialmente falava numa comissão para levar de maneira presencial ao Congresso dos EUA as conclusões da Comissão. O senador Salyn fundamentou sua proposta na necessidade de estabelecer links com outros países e organismos internacionais, uma vez que o crime irganizado não poderia ser encaradp de maneira isolada por um país.
De outro lado, reiterou sua convicção de que os organismos de segurança do Paraguai, particularmente o Ministério Público, não realizaria um trabalho eficiente, já que considerava a fiscal geral do estado, Sandra Quiñonez “uma empregada do ex-presidente Horacio Cartes”. Nenhum cartista respondeu às acusações de Buzarquis.
[Pela tradução: Montezuma Cruz].
