O Reino Unido pode enviar dezenas de milhares de requerentes de asilo para Ruanda para serem reassentados, disse o primeiro-ministro Boris Johnson nesta quinta-feira, estabelecendo uma abordagem mais dura para romper as redes de contrabando de pessoas e conter o fluxo de migrantes através do Canal da Mancha.
Preocupações com a imigração foram um grande fator na votação do Brexit em 2016, e Johnson está sob pressão para cumprir sua promessa de “retomar o controle” das fronteiras da Grã-Bretanha. Mas seu plano atraiu críticas rápidas de oponentes de seu Partido Conservador e de instituições de caridade.
“Devemos garantir que o único caminho para asilo no Reino Unido seja seguro e legal”, disse Johnson em um discurso em Kent, sudeste da Inglaterra, onde milhares de imigrantes em pequenos barcos desembarcaram nas praias do Canal no ano passado.
“Aqueles que tentam pular a fila ou abusar de nossos sistemas não encontrarão um caminho automático para instalá-los em nosso país, mas serão removidos de forma rápida e humana para um terceiro país seguro ou seu país de origem”.
Qualquer pessoa que tenha chegado ilegalmente à Grã-Bretanha desde 1º de janeiro pode agora ser transferida para Ruanda, na África Oriental, o que interromperia o modelo de negócios das gangues de contrabando de pessoas, disse o primeiro-ministro.
“O acordo que fizemos não tem limite e Ruanda terá a capacidade de reassentar dezenas de milhares de pessoas nos próximos anos”, disse ele.
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Na edição do The Times, publicado em Londres – Montezuma Cruz
