RO, Sábado, 18 de maio de 2024, às 13:53



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Home Office muda a relação de trabalho; só no CPA são cerca de 6 mil servidores trabalhando neste regime, que pode ser oficializado após a crise

PORTO VELHO – Para muitos, especialmente os um pouco mais velhos, a expressão “home office” pode ser coisa nova ou uma experiência que só agora está sendo vivida como também o é para quem se mete a fazer cursos pelo EAD. Para quem nunca participou é uma mudança brusca no ritmo da vida: acordar cedo, levar crianças para a escola, ir para o local de trabalho, “bater” a jornada diária, e ao encerramento, ir para casa.

Pelo menos seis mil servidores públicos que antes lotavam o Centro Político Administrativo estão trabalhando em casa – Foto: Daiane Mendonça/Secom/RO

Em home office, termo que significa “escritório em casa” e que também é chamado de SOHO (Small Office and Home Office), os “freelancers”, profissional autônomo, prestador de serviços ao mesmo tempo a vários contratantes, termo que entre jornalistas identifica que atua como “frila”.

“É uma questão apenas de se acostumar. Quem, como eu, que durante muitos anos se acostumou a estar nas ruas todos os dias, de um para outro lado, é mais difícil. Mas eu mesmo já tenho essa experiência, porque depois que aposentei, há cinco anos, já trabalho em casa sem problemas”, diz o repórter Lúcio Albuquerque lembrando a importância de saber se concentrar e contar com instrumentos capazes, “a começar por uma boa internet, mas essa estrada já conheço há muito, porque na década de 1970, o jornal para o qual eu era o correspondente local, instalou um telex e eu tinha um local para trabalhar, às vezes pegando e “pagando” pautas à noite. Por exemplo, quando o papa João Paulo I morreu eu fui informado pelo plantonista lá de São Paulo era pouco mais da cinco da manhã”.

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Mas no caso atual, ainda sem um número que se possa dar pelo menos aproximado, muitas pessoas, tanto profissionais liberais quanto funcionários públicos estão nesse regime. Só no CPA, onde está toda a estrutura do governo rondoniense, há em torno de 6 mil servidores.

A expectativa, conforme um assessor direto do governador Marcos Rocha, é de que após esse período de clausura haja estudos para que, em diversos casos, se estabeleça o home office na administração pública estadual como uma forma comum de trabalho, estabelecendo-se, lógico, metas a cumprir e, em alguns casos, relatórios, o que foi contestado recentemente por um jornalista: “Se eu faço meu material e o mando para lá eles podem conferir minha produtividade pelo que envio”, reclamou.

Mas trabalhar em home office tem muita diferença e um dos segmentos que sentem isso é o das chefias, como explica o superintendente da Segep – Superintendência Estadual de Gestão de Pessoas, Sílvio Luiz Rodrigues da Silva. “No expediente normal, reúno com quatro, atendo um, atendo outro, decidimos o que vai ser feito e pronto”, mas no regime atual “eu tenho de digitar a mensagem ou mandar um áudio, eu prefiro do que telefonar, porque assim fica registrado e é claro o que se deseja fazer. Para a chefia é mais difícil porque tem de delegar. Para quem vai executar, está mais tranquilo. Por isso, a normativa que cuida do assunto prevê que o servidor executante possa executar até 20% a mais”.






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