Por escolha pessoal ou por circunstâncias de vida, até agora neste século, o número de famílias unipessoais na Galiza cresceu em mais de cem mil. Especialistas afirmam que a sociedade adota o hábito de estar atenta ao seu dia a dia. “Passo semanas saindo com qualquer pessoa, minha empresa é um cachorro ou um gato”, diz um vizinho sozinho em um vilarejo de “Os Ancares”.
Longa reportagem está nas páginas da edição deste domingo, 12, do jornal La Voz de Galicia.
“Quem nasce hoje na Galiza tem uma esperança de vida dez anos superior à de meados dos anos 1970: 83,3 anos contra 72,9 naquela época. Esta mudança no perfil de longevidade dos galegos, somada à menor natalidade da história, deixa o futuro semeado: o número de pessoas que vivem sozinhas vai crescer. Já o fez de maneira notável neste século. Dos 177.476 galegos que não tinham companhia em casa no início do século XXI, hoje subiu para 285.400, e as projeções demográficas para 2035 prevêem que haverá 332.564 que viverão sem companhia.
“Os lares unipessoais eram 17,3% dos da comunidade em 2001, são agora 24,5, e dentro de uma década e meia vão ter 30,3, ou o que é o mesmo, depois de uma em cada três portas de casa galegas será apenas uma pessoa. A Galiza estava abaixo da média do estado até a última década, mas o maior envelhecimento da população já a colocou acima. E é que em mais da metade das famílias de um único componente eles têm mais de 65 anos.”
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Galícia é uma comunidade autônoma da Espanha, considerada pelo respetivo estatuto de autonomia e pela Constituição espanhola como nacionalidade histórica. Situa-se no noroeste da Península Ibérica, ocupa uma parte do território histórico da antiga Galécia e do Reino da Galiza (409–1833).
[Montezuma Cruz]
