PORTO VELHO – O desembargador Roosevelt Queiroz, do Tribunal de Justiça de Rondônia, não vem dando vida fácil aos quatro prefeitos e um ex-deputado estadual (marido de prefeita) presos durante a ‘operação reciclagem’ da Polícia Federal, no último dia 25, depois de terem sido filmados por um empresário recebendo propina como contrapartida ao pagamento das faturas de uma empresa de coleta de lixo.
O magistrados negou, nesta terça-feira, 13, pedidos dos advogados de defesa para que os prefeitos Gislaine Clemente (São Francisco do Guaporé), Luiz Ademir Schock (Rolim de Moura), Marcito Aparecido Pinto (Ji-Paraná) e Glaucione Maria Rodrigues Neri (Cacoal), além do marido dela, o ex-deputado Daniel Neri, fossem autorizados a cumprir a prisão preventiva em casa.
Acumulando várias derrotas no Judiciário e com essa decisão, os prefeitos e o ex-deputado vão continuar exatamente aonde estão. Na cadeia.
Nada de regalias!
A prefeita Gislaine Clemente, a “Lebrinha”, de são Francisco do Guaporé, entrou no STF com novo pedido de liberdade, mas ainda não houve julgamento.
Filha do deputado Eurípedes Lebrão, também filmado colocando dinheiro da propina em um saco de lixo, ‘Lebrinha’ cumpria seu segundo mandato como prefeito e tinha um futuro polícia alvissareiro. Imaginava-se, pela sua desenvoltura, que ela tinha potencial para chegar ao Governo do Estado.
Mas, orientada pelo pai, resolveu jogar seu futuro no lixo, literalmente.
Os denunciados foram transferidos para Porto Velho há alguns dias e estão presos em situação bem diferente da maioria dos presos temporários, já que prefeitos detém foro diferenciado por prerrogativas de função.
