PIMENTA BUENO – O município de Pimenta Bueno, administrado pelo Delegado Arismar, nome político do delegado da Polícia Civil Arismar Araújo, que virou prefeito-tampão e foi reeleito em uma eleição sem concorrente – já que nenhuma político da cidade ousou enfrentá-lo nas eleições de 2020 – está com os cofres cheios. E o prefeito resolveu gastar neste fim de ano.
Primeiro, ele encaminhou um projeto à Câmara de Vereadores propondo utilizar sobras do Fundo do Desenvolvimento da Educação (Fundeb) em rateio entre os professores da rede municipal, com valores que variam de R$ 6 mil a R$ 12 mil.
Palmas para o prefeito. Afinal, valorizar professor nunca é demais.
Veja o vídeo da sessão desta segunda-feira:
Agora, nesta segunda-feira, o prefeito esteve na Câmara de Vereadores e participou da sessão em que foram reajustados os valores de diárias e o salário dos secretários municipais de R$ 6 mil para R$ 11 mil.
É um reajuste de cerca de 80 por cento. Mas teve vereador que abriu o verbo na presença do prefeito, que acompanhou a sessão ao lado do presidente da Casa.
Uma das falas contra o projeto de reajuste de salários que viralizou nas redes sociais e em grupos no WhatsApp foi o duro discurso do vereador Juninho Coelho (PMN), proferido durante a sessão da Câmara Municipal de Pimenta Bueno.
Sem se importar com a presença do prefeito Arismar Araújo (União Brasil) sentado à mesa diretora da Câmara, Juninho criticou a proposta do prefeito para aumentar o valor das diárias e o salário dos secretários municipais, entre eles o da primeira-dama, Cíntia Iara Ferrari Araújo de Lima, titular da secretaria municipal de Assistência Social.
O projeto de reajustes, que além de secretários também contempla diretores e controladores, eleva dos atuais R$ 6 mil para R$ 11 mil os vencimentos do primeiro escalão em Pimenta Bueno. Chegou a ser apresentada uma proposta para subir também os salários do prefeito e do vice Valdeir Cruz (Republicanos), mas a proposta acabou sendo retirada da pauta.
Tentando pegar carona na farra, os próprios vereadores também apresentaram projeto para reajustar suas diárias, mas a proposta também foi retirada da ordem do dia.
Exercendo seu primeiro mandato, Juninho, que antes de virar microempresário era vendedor da Gazin, usou os preços dos alimentos para comparar a situação de um trabalhador que precisa sustentar a família ganhando um salário mínimo com a dos secretários pimentenses, que ganharam aumento de mais de 80%.
A MAMATA PASSOU
Por cinco votos a quatro, o aumento salarial da cúpula da gestão municipal em Pimenta Bueno foi aprovado. Além do próprio Juninho, os vereadores Pombinho (PMN), Rafael de Paula e Oziel Almeida (ambos do Patriota) votaram contra o reajuste.
Alegando estar “cumprindo agenda” em outra cidade, o apresentador de TV Sóstenes Silva (PP) não compareceu à sessão. O presidente da Câmara, Cássio Ribeiro (DEM) também votou com o prefeito e desempatou o placar, ajudando a implantar em Pimenta o que Juninho considera “uma imoralidade”.
O vereador, aliás, escancarou sua posição ao microfone: “a gente tem que ter limite. Isso aqui tá uma palhaçada”.
Fonte: com informações da Folha do Sul on Line