RO, Segunda-feira, 28 de abril de 2025, às 8:43






Por um mutirão pelo novo pronto socorro de Porto Velho – 6 meses depois do pomposo lançamento, obra do novo heuro é miragem

Nem bancada federal - composta por 3 médicos, nem Assembleia Legislativa, instituições, entidades ou conselhos se compadecem da aflição dos que necessitam de atendimento na saúde pública. Tudo é discurso

PORTO VELHO – Quase um ano depois de seu pomposo lançamento e quase seis meses depois do leilão e da definição da empresa que vai construir o novo pronto-socorro estadual em Porto Velho, tudo continua como antes. É vergonhosa – escandalosa mesmo – o descaso da classe política em torno de um assunto da maior relevância para a população de Rondônia.

A situação no João Paulo II é inumana, vergonhosa!

Diante da importância e da necessidade de um hospital de pronto socorro na capital do estado, a pergunta que se faz é: porque não aparece alguém que possa unir todas as instituições, representações políticas, conselhos e sindicatos da área da saúde e o dono da concessão do empreendimento para solucionar todas as pendências que impedem o andamento da obra?

Pessoas depositadas ao chão, precisando de atenção, de resolução do atendimento médico, porque isso, às vezes eles têm. E ainda assim, o que se vê é um jogo de empurra entre personagens que bem recentemente no último período eleitoral fizeram juras de parcerias longas e duradouras, mas que pelo que parece foi apenas uma chuva de verão.

De verão amazônico!

Atualmente, cada vez que vem à tona uma notícia sobre o que deveria ser o andamento da obra do novo hospital, é sempre um fato negativo, uma paralisação, um terreno que não está regular, uma licença que não foi emitida.

E tudo isso numa normalidade aterradora.

Enquanto isso pessoas que necessitam da atenção do Estado no atendimento à saúde – uma garantia esculpida na constituição Federal – padecem as dores do descaso, à espera de uma cirurgia ou mesmo de um leito digno para aguardar o atendimento médico que necessita.

Ninguém, entre todas as autoridades que estão aí, se move no sentido de propor um mutirão que envolva no mesmo propósito o Judiciário, o Legislativo, Tribunal de Contas, Ministério Público, Ministério Público de Contas, Defensoria Pública, capitaneado pelo Governo do Estado e, principalmente, com participação da Prefeitura da capital.

Na atual bancada em Brasília, há pelo menos três médicos, e um deles – deputado federal Fernando Máximo – foi secretário de Estado da Saúde, participou dos debates sobre a construção do chamado novo euro, foi o mais votado da bancada. Tem o coordenador da bancada, Maurício Carvalho, também é médico, e tem o senador Confúcio Moura que também já debateu o assunto como governador e também é médico.

Na bancada estadual também há médicos e mesmo assim parece que a dor daqueles que estão jogados em colchonetes nos corredores do hospital João Paulo Segundo não os comove.

Fernando Máximo, Maurício Carvalho e Confúcio Moura: os três médicos que representam Rondônia no parlamento federal

É uma constatação muito triste, dolorosa.

Será que não dá para deixar de lado um pouco as diferenças pessoais e políticas em prol de uma causa tão humana, tão nobre?

Por quê será que as pessoas não têm a importância que merece a não ser no período eleitoral?

Acho que isso merece um pouco de reflexão de cada um de nós que estamos nesse barco. E até mesmo daqueles que não precisam ir para o João Paulo II e nem do sistema público de saúde e, quando precisam, são sempre prioridade em relação à plebe

Essa iniciativa do mutirão pode ser também de alguma entidade do setor: Conselho Regional de Medicina, Conselho Regional de Enfermagem, Sindicato Médico ou mesmo a OAB ou a Defensoria Pública.

*Carlos Araújo – especial para www.expressaorondonia.com.br


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