RO, Quinta-feira, 12 de junho de 2025, às 3:46






Política & Murupi — Os enjeitados

1.1-Os enjeitados

1-A crise foi à França em visita política, homenagens, Torre Eiffel verde e amarela comes e bebes, hotel de luxo com esposa, séquito e tudo arcado pelo pagador de impostos durante 6 dias, tempo para vender o engodo da COP30, passar pano no cofre do INSS, mexer no IOF e viver a vida que Paris oferece a quem tem grana ou um pagador para assumir a conta toda. “Vivre la vie”. Sua Nulidade a exemplo do que fazia o ex-camarada Boris Ieltsin foi ao chão como se fosse contorcionista durante um show de acrobacia, à la fierté des Brésiliens, com apoio luxuoso da lady consorte. Mas nem tudo são flores. Lule e Macron assistem o fim de romance com a opinião pública que lhes concede a reprovação recorde. Como diz o filósofo Renato Costa Queiroz, “um gambá é que cheira o outro” e logo apoiado por Zé de Nana que não iria me faltar nesta hora: “quem coça cavalo é cavalo”. C’est la vie.

1.2-O bicho está pegando por todos os lados

“Quando a casa do vizinho pega fogo a minha está em perigo”. É bom olharmos o que está ocorrendo por aí. A democracinha estará correndo perigo ou será a força oculta global que opera para deixar o mundo mais caótico? Lá na casa do Tio Sam o Elon Musk surtou, abriu o caderninho de fiado e mostrou a cobra morta e até o pau do Laranjão. E lá pintaram os manifestantes topando cheirar o velho e eficaz gás lacrimogênio para matar as ideias do Trump. E vem a Colômbia na linha latino-americana com faca, bomba, guerrilha e tiros. Em Bogotá um senador que disputa a presidência recebeu a pipoca e está mal. Graças a Deus por aqui é assepsia – salvo a facada no Biroliro, Celso Daniel, Olavo Pires e PC Farias – mas com STF, contradita, passaporte, tornozeleira e bloqueios, não necessariamente nesta ordem. Nos anos de chumbo havia o aviso: “Brasil ame-o ou deixe-o”. Hoje a imprensa vaza e alguém pula fora para evitar “as décadas” de que fala o Kakay. Aí lembrei do Pasquim anos 70: “O último a sair apague a luz do aeroporto”.

1.3-O balaço do Mauro Cid em Bolsonaro

Até onde isso vai é fácil prever. Bolsonaro será condenado e irá parar na prisão, sem choro, vela ou fita amarela. O famoso, advogado Kakay, do alto das ligações com o STF disse algo que não deixa a menor dúvida: “É dramático, eles sabem que daqui três meses passarão décadas na cadeia”. Mas o script não estava bem feito e o ministro Fux se antenou em algo não visto pelos jornalistas do consórcio, advogados do “Prerrô” e ministros da “tchurma do bata mais meu nêgo”. O Mauro Cid fez mais de 10 depoimentos com delação e em todos havia sempre um “xêu me lembrar, misquici” e controvérsia. Aos poucos a narrativa surge, mas a minuta do golpe não apareceu. Já se sabe, porém, que o autor foi o Filipe Martins, aquele que foi sem nunca ter ido, mas é quase certo pela previsão do Kakay – que sabe das coisas e é do “Prerrô” – que basta seguir o script. Quem precisa de minuta?

1.4-O que ainda não se sabe sobre o roubo do INSS?

Ninguém sabe ao certo o que ocorreu, mas de concreto é que o caso é roubo. Onde estão os R$ 6,3 bilhões ou se você prefer dólar, os U$1,1 de verdinhas? Só 200 milhões de reais – 3% do roubo – foram localizados mas é estimativa, pois o número real é como orelha de freira, existe mas não se vê. São mais de 45 dias desde a revelação da roubalheira após um ano e meio de investigação e até agora tudo está enfiado debaixo do tapete que parece mais uma montanha no meio da sala e o governo não conseguiu estabelecer com precisão a dimensão da fraude nem identificar quais as organizações sindicais, empresas privadas e servidores públicos envolvidos. Quanto aos aposentados e pensionistas, estão mais quietos que guris cag(*)dos e como soe esperando o milagre da distribuição de dinheiro, a prática deletéria de manter ignorância e o voto fácil. Para a revista Veja, “sobram promessas” e o governo patina: sem saber quantas, quais as pessoas ou quanto dinheiro roubaram, não sabe como quando, a quem e como ressarcir. É safadeza!

1.5-Rondônia mudou, mas os políticos não.

“Rondônia mudou. A produção cresceu, os desafios ambientais aumentaram, e o zoneamento precisa acompanhar essa nova realidade para garantir segurança a quem planta, a quem preserva e a quem investe.” O discurso de Ismael Crispim, deputado estadual, é a análise mais substantiva para o agora que vive Rondônia quando enfrenta manifestações de produtores sitiados em suas terras pela ação nefasta do governo obtuso que não entendeu que moratória da soja é problema de ordem comercial e não ambiental e que a criação de reservas de qualquer tipo sem um estudo técnico é contrassenso e fonte de insegurança econômica, jurídica e ambiental. Depois de 11 anos estamos a discutir o porquê não deveriam ter sido criadas. Até aqui prejuízos materiais, sonhos mortos e a troco de que? Novamente iremos nos checar quanto de leite foi derramado e não comercializado e constatar que o estado brasileiro é inoperante e um entrave à produção. Seguir em frente é preciso apesar do estado e políticos despreparados com seus antolhos. É a treva!

1.6-Fim de papo

Que coisa… “Mauro Cid? Qual deles? Porque a cada momento ele depõe de uma maneira. Hoje foi extremamente positivo para a defesa” – Frase de Paulo Cunha Bueno advogado do Bolsonaro sobre a delação do Mauro Cid. Que coisa…

Por Leo Ladeia — leoladeia3333@gmail.com — leoladeia@hotmail.com

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