RO, Sexta-feira, 03 de maio de 2024, às 11:39



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Política & Murupi — Adivinhando o passado

1.1-Adivinhando o passado
As rendeiras e pitonisas de ocasião estão mexendo seus bilros e metendo a faca no tronco da bananeira para descobrir o nome que vai “tomar de conta” de Porto Velho. Tarefa com grande chance de erro como avalia o Zé de Nana, filosofando entre algumas beiçadas, “o futuro é o passado que ninguém viu”. Bicos e babados no rebolo, mentiras, ideias tresloucadas, nomes improváveis entre conversas que a nada levam, citam futuros heróis e surgem qualidades que nunca tiveram, obras e projetos que ninguém viu e claro, a cantilena do trabalho social em favor do pobre. Tudo mais falso que nota de três reais e vale tudo “no corre” às redes sociais pelos likes, followers, viwes e joinhas. Sobre propostas e programas de governo, necas de pitibiribas. Só bagaceira.

1.2-Garimpo eleitoral
Quem quiser se dar ao trabalho de analisar o estatuto dos partidos políticos do Brasil verá um velho “copie e cole” ligeiramente adaptado. Para saber da vida pregressa de quem busca um cargo público – neste ano prefeito, vice e vereador – procure com cuidado e não apenas no que está nas redes sociais. Acesse o site Jusbrasil, informe-se da participação e atuação em empresas, sócios, analise os grupos de WhatsApp, os amigos e família principalmente os(as) ex-cônjuges, igreja que frequenta. Tudo está bem à vista e que tal uma busca sobre o que está debaixo do tapete? A corrupção, o crime organizado, o tráfico de drogas, já fazem parte de esferas políticas e de governo. Se ligaí.

1.3-Aposta errada
No Brasil até o passado é incerto, disse Pedro Malan. Pensei sobre o assunto ao ler que Sêo Lule deu um esporro nos seus auxiliares Sêo Adá e Sêo Alke. Sêo Adá é o eterno poste escalado para perder e Sêo Alke é o que disse que Sêo Lule voltava à cena do crime. A aposta no passado é porque ele acredita que no futuro talvez eles acertem e despreza o presente. Malan estava certo. “Haddad tem que conversar mais, tem que ler menos, tem que largar o livro e conversar. Alckmin tem que ser mais ágil. Rui Costa também. Wellington Dias também”. Zé de Nana lascou: “errar é humano, insistir no erro é burrice mas achar alguém para carregar o peso dos nossos erros é divino”. Pois é.

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1.4-Falando a verdade.
Sêo Gilmar pediu (?) que a PF investigue um homem que o teria hostilizado e à própria Corte em 26 de março no aeroporto de Lisboa – Portugal. No ofício “uómi” ele teria relatado ao diretor-geral da PF, Sêo Andrei, o que ele chamou de tentativa de intimidação para desestabilizar o funcionamento da instituição – vixi… cana dura, fim das contas, fim do emprego, fim dos direitos, etc – e pior, a suposta hostilidade ocorreu durante a conexão de voos que fazia em meio a viagem de Brasília a Berlim – Alemanha. E o que disse o tresloucado? Que Sêo Gilmar e o STF “são uma vergonha para o Brasil e para o todo povo de bem. Só isso, tá. Infelizmente, um país lindo como o nosso está sendo destruído por pessoas como você”. Aí Sêo Gilmar carregou a caneta e pah! “Ao agir dessa forma, o imputado almejou intimidar Ministro do Tribunal, para desestabilizar o funcionamento da instituição. Não é necessário grande esforço para demonstrar que a iniciativa se encaixa no movimento articulado e coordenado de ataques aos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, organizado por extremistas e detratores da democracia”. Eu quase me borro agora de medo apenas por repostar a notícia. E para provar que respeito o Sêo Gilmar, digo o que sei: O nome do cara é Ramos Antonio Nassif Chagas. Era servidor do INSS, e já pediu as contas. Vai lá STF: pau no Chagas.

1.5-Depu-tóxico
Bate-boca, provocações, filmagem, palavrões, palavras de ordem e vaias dos dois lados. Querer debate entre MBL e Psol em nível minimamente educado é querer demais, principalmente se de um lado estiver o possuído deputado psolista Sêo Glauber Braga. A coisa fervia e quando as ofensas estavam no auge, o militante do MBL botou a mãe do deputado no meio. Botar a mãe no meio é sinal crítico e Sêo Glauber partiu pro pau expulsando da Câmara dos Deputados o provocador a pontapés na bunda. Isso é caminho para perda de mandato por falta de decoro. Recebido o pedido de cassação,Sêo Arthur remeteu de bom grado ao Conselho de Ética. É a segunda representação que Sêo Glauber responde este ano e quinta em seis anos por desrespeito aos colegas, desacato, etc., mas desta feita por agredir a pontapés um cidadão o que leva a pensar que desta vez a navalha vai na sua jugular, até porque há consenso de que Sêo Glauber é tóxico e nocivo para o legislativo.

02-Último pingo
Depois que Sêo Adá tomou um esporro e Sêo Lule disse que ele tinha que parar de ler livros ele deveria ter respondido presenteando o “Big Boss” com dois livros: o dicionário do Houssais e a gramática do Cegalla. Seria hilário.

03-Ponto final
Será que valeu mesmo a pena o encontro de Bolsonaro com seus seguidores em número bem menor que o encontro anterior na Av. Paulista? Lembranças afetivas? A primeira viagem num transatlântico é “a experiência maravilhosa”. A segunda é “déjà vu”. Talvez o melhor seja correr o Brasil ouvindo os gritos de mito em número bem menor, em vários pontos do país. Esta é seria a real lembrança afetiva da eleição de 2018, mas mesmo sendo pouca gente o povo foi às ruas e a coragem venceu o medo de protestar. E isso sim, valeu a pena.

Por Leio Laceia | [email protected]






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