RO, Segunda-feira, 28 de abril de 2025, às 17:16






Política & Murupi — A crise voltou de Roma

1.1-A crise voltou de Roma

Sem as bênçãos do falecido, a “Trupe Lulex do Triplex” formatada para a ocasião com os 5 da foto acima e mais 13 – que coincidência – voltou à Terra Brasilis. Na ausência as duas crises, “qué qui’eu faço cá anistia” e “qué qui’eu faço pra salvar Frei Chico” do roubo dos velhinhos do INSS, tiveram como refresco a esperteza da suprema citação do Biroliro na UTI e a prisão do Collor às 4 da matina. Ações que serviriam como cortina de fumaça para manter Sua Sumidade devidamente sumida do noticiário, revelando que o nosso Brasil é grande, feliz e com motivos pra sorrir até em enterro. Crise mesmo só com todos juntos em Brasília. Esperto, Sêo Lule levou os cabeças do Congresso na coleira, pois a direita mal amada e sem votos quer mais do que ele pode dar. Por isso Mr.Democracy põe curto. Pau na Débora, Collor, Clezão e a direita quer anistia. Que é isso? Onde já se viu?

1.2-Uma coisa é uma coisa e a outra coisa, você sabe

Estou quase me rendendo às narrativas. Caso por exemplo do Collor. É corrupto, mamou e eu bobão antigamente, quando era inocente puro e besta queria que ele fosse em cana. Mas o tempo me mostrou que contra a força não há argumento e se houver não subsiste quando a grana chega e compra tudo, inclusive mentes e criando narrativas inenarráveis, mas bem aceitas por conta do encagaçamento, paranoia e medo. Claro que a prisão do Collor estava na caderneta da padaria, mas é também um aviso aos navegantes. Sempre disse que só temia ferrão de abelha e castigo divino, mas estou propenso a fechar os olhos e nunca mais falar que aquela Lavajato do Lula, Dirceu, Pezão, Cabral, Marcelo Odebrecht e Palocci além de tantos outros, é diversa da Lavajato do Collor e até fico constrangido e na maior paúra em falar. Sei porém, que estes nomes e outros que não cito por medo da cadeia pelo tal crime (?) de opinião. Se pegaram o rico Collor, o que não farão comigo? Vou-me aos pés e encho meus sapatos – que nojo! – só em pensar.

1.3-Casa de caba

É de se esperar que o governo mexa os seus pauzinhos – Elias Rezende está na área – e consiga diminuir a fervura e a pressão, porém, tanto na área da educação quanto na saúde o agito é grande. Na primeira testada do SIMERO com a área da saúde o governo recuou e pediu tempo para rever a questão da OS. O diálogo é sempre o melhor caminho para ajustar visões diversas e posições antagônicas. Já na educação a presidente do sindicato mantém o indicativo de greve para maio, ou seja, após o pagamento de salários com restroativos. Sintero e Sindsaúde se resolverem apertar o governo com pautas comuns vai ser sofrimento. Já se ouvem o barulho dos queixadas no mato batendo os dentes. E isso é um sinal de perigo!

1.4-O que é bom, dá duas vezes

Não jogo, mas gosto de histórias de cassinos, truco e jogo do bicho. “O que é bom dá duas vezes” é a frase que o apontador usa incentivando jogadores a repetir um número que já foi premiado. Na política o que é bom dá duas vezes também. Ao ser impichada pelo Boca de Sovaco, Dilma foi condenada, mas manteve sua elegibilidade. O mundo gira a patifaria avança, e o mandante da morte da Mariele deputado Chiquinho Brasão está preso e a Mesa Diretora da Câmara decidiu pela perda do seu mandato. Mas os patifes melhoraram seus métodos e não foi preciso rasgar a constituição, só a ética que nunca foi uma Brastemp. Brazão que deveria ser julgado pelo pleno foi degolado por excesso de faltas e o fato de estar preso foi só um detalhe não observado. Com toda a grana que ele possui continuará operando na direita, esquerda e centro após “a$$ertos” com um $heriff. Atribuída a frase que jamais foi dita por de Gaulle é verdade: “O Brasil não é um país sério”.

1.5-Será que a anistia ainda existe?

Existe algo no ar além dos aviões de carreira. Será uma ré engatada pelo STF na viagem a Roma com Lule, Hugue e Columbe? O dono da divina voz a que pôs na chinela o sertanejo Léo, assim falou indo à boca do palco: “O Supremo aplicou a legislação editada pelo Congresso nos julgamentos do 8 de janeiro. A solução para quem acha que as penas foram excessivas é uma mudança na lei. Não acho que seja o caso de anistia, porque anistia significa perdão. E o que aconteceu é imperdoável. Mas redimensionar a extensão das penas, se o Congresso entender por bem, está dentro da sua competência”. Ora o que pensaram os meus dois neurônios acordados em meio à forte larica depois de terem usado bem mais que os 40 gramas permitidos? “Maninho, a anistia que já estava no telhado junto com o gato suicida, acaba de receber um tubo de oxigênio e se sarvou-se”. Talvez por isso “uómi” tenha saído de Roma bufando e rindo como se tivesse ajojado o tema.

1.6-Último pingo

Que coisa… Sabe uma partida de futebol cumprindo tabela que melhor seria perder por WO? Foi o STF no caso Collor. O escore já era 6×0 e Gilmar travou. Aí depois de um gol d’água vazou. O caso fica na turma e vai acabar hoje. Indo ao plenário iriam ver que Moro tem razão pois o caso é idêntico ao do Lule. Melhor deixar com o Mr.Democracy até porque tem algo do Biroliro no rolo. Que coisa…

Por Leo Ladeia [email protected][email protected]


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