RO, Quarta-feira, 11 de junho de 2025, às 17:58






Policial é exonerado por simular expediente com uso da tecla Z

Britânico fazia home office e pressionava botão para computador não entrar em modo de espera

Um policial britânico foi proibido de atuar na corporação após ser flagrado simulando o cumprimento da jornada de trabalho remoto por meio de um método inusitado: pressionar a tecla Z do teclado do laptop por longos períodos.

Pixabay/fancycrave1

Liam Reakes admitiu ter mantido a tecla pressionada por mais de 100 horas entre junho e setembro de 2024, às vezes por mais de quatro horas seguidas.

A conduta do agente, que trabalhava na região de Yeovil, na Inglaterra, levou a um julgamento por má conduta grave na sede da polícia de Avon e Somerset. O painel julgador considerou seu comportamento “enganoso e desonesto”, destacando que a prática aconteceu de forma contínua e sustentada ao longo de meses. Reakes já havia pedido demissão antes do desfecho oficial do processo.

Durante a investigação, um auditor identificou que o policial usava a mesma tática desde setembro do ano anterior. A defesa alegou que ele pressionava a tecla para manter a tela ativa e responder rapidamente às mensagens, além de apontar dificuldades ligadas à saúde mental e falta de apoio no regime de home office. Contudo, o tribunal concluiu que o ato foi uma tentativa clara de fingir produtividade.

O representante legal da polícia, Mark Ley-Morgan, afirmou que embora seja normal fazer pausas, a extensão da prática ultrapassava limites aceitáveis e que “não há espaço na polícia para agentes desonestos”. Ele também relatou que já havia preocupações anteriores sobre o desempenho de Reakes, que resultaram em reuniões com seu superior.

Este caso não é isolado. No mês anterior, outra policial da mesma força, a detetive Philippa Baskwill, foi demitida sumariamente após uma investigação revelar que ela pressionava teclas repetidamente — chegando a mais de 21 milhões de toques em 2023 — para simular que trabalhava durante o expediente em home office.

A investigação identificou o uso de software para monitorar padrões anormais de digitação, o que despertou suspeitas. Além de forjar atividade no teclado, Baskwill também utilizava o laptop para fazer compras online e pesquisar passagens aéreas durante o horário de trabalho, com registros indicando até quatro horas e meia de compras em um único turno.

Em depoimento, a detetive reconheceu usar o celular para pressionar as teclas do laptop, impedindo que o equipamento entrasse em modo de espera, prática similar à de Reakes, que usava a tecla “Z” para o mesmo fim.

Após os processos, ambos os policiais foram incluídos na lista nacional de profissionais barrados, que os impede de atuar em qualquer força policial no Reino Unido. A medida visa preservar a integridade e a confiança na segurança pública.

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Fonte: R7

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