RO, Sábado, 27 de abril de 2024, às 23:37



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Polícia retira das ruas câmeras que faziam monitoramento ilegal de motoristas do DF

Policiais cumprem 10 mandados de busca e apreensão. Investigadores removem câmeras encontradas

Polícia Civil remove câmera ilegal, no DF — Foto: PCDF/Divulgação

Um esquema de monitoramento ilegal filmava e vendia informações sobre trajetos de motoristas do Distrito Federal. A movimentação dos carros era rastreada, a partir das placas dos veículos, por meio de câmeras de segurança instaladas em ruas da capital.

Nesta quarta-feira (31), os policiais cumpriram 10 mandados de busca e apreensão em mais uma etapa da operação que investiga o esquema.

A suspeita é de que, pelo menos, 2 mil rastreamentos de motoristas tenham sido realizados por meio das câmeras do grupo. O serviço era oferecido por meio de redes sociais e as imagens eram vendidas ao custo de R$ 150 a cada placa consultada.

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Durante a investigação, a polícia efetivou uma negociação. Por e-mail, a corporação recebeu um relatório completo com fotos de oito vezes em que o carro de um delegado, parte da investigação, passou pelo local onde uma das câmeras foi instalada.

As ordens judiciais foram cumpridas em diversas regiões do Distrito Federal e têm objetivo de “desarticular” o grupo criminoso. Os policiais também efetuaram a retirada das câmeras usadas pelo grupo.

“A facilidade e absoluto descontrole na venda dessas informações nesses websites permitem que qualquer um, inclusive os mal-intencionados, possam acessar esses dados e pesquisar as placas e trajetos dos veículos de qualquer pessoa”, diz a Polícia Civil.

Ainda de acordo com a polícia, o monitoramento indiscriminado por empresas privadas sem a supervisão e conhecimento do poder público é ilegal e viola a Lei Geral de Proteção de Dados, sancionada em 2018.

Os alvos da operação desta quarta-feira são investigados pelos crimes de exercício ilegal de atividade, divulgação de segredo e falsidade ideológica.

Investigação

O caso veio à tona no início deste mês, quando a polícia descobriu o esquema. Os investigadores identificaram que, nas redes sociais, os criminosos ofereciam o serviço de rastreamento de veículos em tempo real.

Segundo a Polícia Civil, os suspeitos usavam uma “tecnologia avançada”, a partir do uso de câmeras clandestinas, que registravam fotos, datas e horários em que os veículos passavam por determinado local.

A polícia encontrou câmeras instaladas em uma padaria e em uma mecânica em Taguatinga Norte. Os proprietários dos estabelecimentos disseram aos investigadores que foram pagos para deixar as câmeras nos locais, mas não sabiam quem gerenciava o fluxo de dados nem para onde as imagens iriam.

Fonte: G1





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