RO, Sábado, 04 de maio de 2024, às 15:11



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Polícia apura atualmente 500 casos de abusos sexuais contra crianças em Vilhena

A delegada afirmou que a violência sexual contra criança e adolescentes deixa sequelas físicas e psicológicas, resultando em muitos casos em depressão e até suicídio

VILHENA – A chaga social conhecida como abuso sexual contra crianças e adolescente – entre outras desgraças que brotam do seio da humanidade – se alastra pelo Brasil e deixa rastro mesmo em cidades consideradas de pequeno porte. Quarta cidade mais importante de Rondônia do ponto de vista de eleitoral, econômico e populacional, Vilhena, o Portal da Amazônia, que começa a vivenciar problemas antes restrito a áreas urbanas mais densamente povoada, como o enorme número de ocorrências de crimes de violência contra crianças.

Os números que emergem de um relato feito pela delegada Solangela Guimarães, titular da delegacia de proteção à Criança e Adolescente de Vilhena, durante a sessão legislativa da Câmara Municipal de Vilhena realizada nesta terça-feira, 16, sobre o Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes.

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O dia 18 de maio foi instituído em 2000, e tem por objetivo a mobilização e a convocação da sociedade para o compromisso de proteger as crianças e adolescentes.

 

A delegada revelou números de inquéritos abertos para apurar denúncia de violência contra crianças e adolescentes em Vilhena e Chupinguaia, cidades que são jurisdição da delegacia de Vilhena. Conforme Solangela Guimarães, são cerca de 500 casos abertos em Vilhena atualmente, e outros 50 em Chupinguaia.

A delegada afirmou que a violência sexual contra criança e adolescentes deixa sequelas físicas e psicológicas, resultando em muitos casos em depressão e até suicídio; e por vezes quando a vítima é do sexo masculino, acaba se tornando um abusador quando adulto. “Infelizmente, a violência sexual, entre 80 a 90% das vezes, ocorre intrafamiliar, no seio da família”, informou.

Durante a semana do 18 de maio serão realizadas ações de mobilização contra a violência sexual em todo o País. Em Vilhena, conforme a delegada, serão realizadas caminhadas, pit stop, palestras e roda de conversas em escolas.

Solangela disse ainda que está agendada uma reunião com os secretários da Ação Social e da Saúde para debater a criação de um núcleo de atendimento psicológico voltado para as vítimas de violência sexual. “A Polícia Civil trabalha combatendo o crime e levando o infrator à justiça para que ele seja punido.

Mas, e as vítimas que sofreram a violência, que apoio elas terão? Elas precisam do acompanhamento psicológico, pois a dor que elas sentem é algo que transcende até muitas vezes a dor física. Então, é importante que o município tenha essa conscientização. E nós temos uma rede importante e aqui; temos o Creas, o Cras, a Delegacia de Proteção à Criança Adolescente e o Ministério Público. Mas, é imprescindível que o município tenha atendimento psicológico para essas pessoas”, defendeu a delegada.

Fonte: Folha do Sul






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