RO, Domingo, 19 de maio de 2024, às 10:58



RO, Domingo, 19 de maio de 2024, às 10:58


Partidos grandes começam a engolir os pequenos para a composição de nominatas viáveis

Sérgio Pires

OPINIÃO DE PRIMEIRA – Não se pode olhar a moeda de apenas um lado, sob pena de se cometer grande injustiça. Por isso, é preciso olhar o mesmo tema sob dois prismas, para se entender o que está acontecendo com muitas obras públicas, em todo o Brasil, mas também aqui em Rondônia. A partir de uma análise lógica, sobre números, custos e contratos, pode-se compreender, com mais segurança, o que está acontecendo com tantas obras paralisadas, em todos os recantos brasileiros. São corretas e compreensíveis as críticas duríssimas contra obras interrompidas, desistência de empresas no meio do trabalho, obrigação de ser realizar nova licitação e tudo o mais. Tudo isso causa não só grandes atrasos e muitos prejuízos à população, mas, na hora de nova concorrência, os gastos serão sempre diferentes e para mais. Esse é um lado da moeda, o lado mais exposto e, por isso, muito mais criticado. Mas há o outro, que pouco se fala. Muitas empresas acabam simplesmente quebrando porque, no andar da obra para a qual foram contratadas, perdem-se em custos dos insumos, que só aumentam. Um exemplo atual e local: empresa rondoniense, entre as mais respeitadas, quando fechou contrato para uma grande obra, pagava o óleo diesel a 2,40 reais. Cerca de pouco mais de um ano depois, o mesmo óleo diesel, vital para o tipo de obra, está custando 7,30 em média.

Qual o problema que existe, na prática, em relação a esta empresa usada de exemplo e tantas outras? É que, até agora, não houve correção de um só centavo, em relação ao custo do contrato inicial. Ou seja, sem receber um centavo a mais, o contratado pela realizar uma obra pública tem que dar continuidade ao trabalho, correndo todos os riscos que isso representa. A empresa, que tem seus inúmeros compromissos, pessoal e leis sociais para pagar, impostos e tudo o mais, é quem está bancando a diferença deste custo, enquanto pleiteia os reajustes no contrato a que tem direito, mas, até agora, permanece no zero. Por enquanto, a organização que está cumprindo um contrato está conseguindo suportar o prejuízo, mas é bom que se diga que nem todas conseguem sobreviver a tal situação. Daí, muitas desistem do que estão fazendo e outras tantas são obrigadas a fechar as portas. Neste contexto, pode-se dizer que mesmo a boa vontade do contratante em fazer as correções existentes nas, é barrada pela burocracia infernal que comanda, domina, orienta todo o sistema da administração pública neste país. Uma correção, que deveria ser automática, depende de tantas decisões, de orientações dos representantes legais do contratante; de representantes do Ministério Público, de decisões judiciais sem fim que, quando a autorização dos novos valores é dada, geralmente a empresa já fechou as portas.

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Maurão de Carvalho entra para o PTB e volta à ribalta da política, quatro anos depois de disputar o governo

Sem espaço no MDB, partido onde esteve por vários anos e pelo qual chegou a concorrer ao Governo do Estado, na última eleição (foi o terceiro colocado, com quase 174 mil votos) o ex-deputado estadual de cinco mandatos, Maurão de Carvalho, assinou ficha com o PTB, comandado no Estado pelo ex-deputado federal Nilton Capixaba. Maurão começou sua carreira política como prefeito da cidade de Ministro Andreazza, em 1992, pelo mesmo PTB, partido ao qual volta 30 anos depois. Nesse meio tempo, foi uma das figuras mais destacadas do PP. Em 2016, quando ficou claro que o partido não lhe daria a vaga de candidato ao Governo, Maurão ingressou no então PMDB, que hoje voltou a ser MDB, que garantiu sua postulação. Na disputa de 2018, ele teve atuação destacada. Foi derrotado no primeiro turno por Expedito Júnior, que ficou na frente e pelo Coronel Marcos Rocha, eleito no segundo turno, que teve carca de 11 mil votos a mais que Maurão. O então presidente da Assembleia Legislativa do Estado lamentou que creditava sua derrota “ao fator Bolsonaro”. Afastado da política nos últimos anos, ainda enfrentou a Covid 19, sendo internado por vários dias, mas, felizmente, venceu a doença. Agora volta ao cenário das disputas eleitorais. O PTB o tem como uma espécie de coringa. Maurão pode disputar uma cadeira na Câmara Federal, pode ir ao Senado ou, ainda, como está sendo cogitado, pode ser candidato a vice-governador, em acordos que ainda estão sendo conversados. As conversas com o União Brasil e com Marcos Rocha estariam muito avançadas. Enfim, um nome de peso da política rondoniense volta à ribalta!

MDB conversa com membros do Avante, que tem pelo menos quatro nomes viáveis para a Câmara Federal

Pela nova lei eleitoral, calcula-se que serão necessários cerca de 100 mil votos, em Rondônia, para a eleição de um deputado federal. Não há, ao menos até agora, uma nominata que possa apresentar candidatos com essa votação. Por isso a correria. O MDB, por exemplo, está prestes a fechar um acordo com o Avante, partido presidido no Estado pelo deputado estadual Jair Montes e em Porto Velho pelo advogado Breno Mendes. O Avante tem pelo menos quatro nomes fortes para a corrida à Câmara Federal e é isso que atrai a sigla. Além do próprio Breno Mendes, uma liderança emergente na Capital (fez mais de 25 mil votos quando disputou a Prefeitura), a sigla trouxe para seus quadros outro nome quentíssimo para a Câmara: o ex-prefeito de Ariquemes, Thiago Flores, que, certamente, é uma das candidaturas mais promissoras do interior rondoniense. Outros dois compõem a relação dos pré-candidatos ao partido ao Congresso. Um deles é o médico Silmar Camarini, de Ji-Paraná, bolsonarista e que, na última eleição, teve mais de nove mil votos na sua cidade. O outro é Wellison Nunes, de Nova Mamoré. Ou seja, é esse pacote de candidaturas que já estão postas, em que o MDB está de olho, para reforçar sua estrutura, visando a eleição de outubro. O partido maior já fez propostas aos representantes do partido menor e as conversações continuam andando.  É possível que nos próximos dias, as coisas, nesse sentido, comecem a aparecer com mais clareza.

União Brasil de olho no Patriotas. E o Republicanos também na mira de outros partidos

É neste mesmo pacote de necessidades que o União Brasil, presidido no Estado por Marcos Rocha, também está cooptando candidaturas de partidos menores. Nos bastidores, o que se ouve é que a nova sigla, nascida da fusão do DEM com o PSL, estaria muito perto de fechar um acordo com o Patriotas, dirigido no Estado pelo deputado Marcelo Cruz. O Patriotas, aliás, realizou encontro estadual em Ariquemes, dias atrás e teria definido também uma nominata muito positiva, que poderia ir em peso para o partido de Rocha. Por enquanto, ninguém fala claramente sobre o assunto, mas o que se pode afirmar, com absoluta certeza, é que as conversas existem e estão em andamento. No próximo dia 26 deste março, na casa de shows Talismã, o União Brasil faz seu segundo encontro estadual, quando já poderá apresentar um quadro mais detalhado sobre as negociações políticas que estão em andamento. Há ainda outro partido forte, que está sendo alvo de “namoros” por outras siglas. Trata-se do Republicanos, que tem como nome mais forte o do ex-deputado federal Lindomar Garçon, mas agora recebeu outro personagem importante, que também disputará a Câmara Federal, o deputado Anderson Pereira, que oficializou seu ingresso no partido em um vídeo, ao lado do presidente regional, Alex Redano. O Republicanos quer vir poderoso para a disputa. O partido, em Rondônia, está entre as siglas que vão apoiar a reeleição de Marcos Rocha, a menos que haja uma grande surpresa, daqui para a frente, no contexto da corrida ao Governo.

Thiago Flores garante que tem todas as certidões que comprovam que ele pode disputar a Câmara Federal

O ex-prefeito de Ariquemes, Thiago Flores, foi às redes sociais, nesta quarta, para garantir que tem todas as certidões de que está apto, sob todos os aspectos, a concorrer em outubro, a uma vaga à Câmara Federal. Thiago teve reprovadas contas quando ocupou um posto no governo Confúcio Moura, mas, ele explica, o que ocorreu foram erros que jamais envolveram dolo, corrupção ou outro crime que poderia levar a uma inegibilidade. Para o ex-prefeito, fica claro que não há nada que o impeça de continuar sua caminhada rumo ao Congresso. Nesta semana, aliás, Flores visitou vários municípios da região, conversando com lideranças, amigos e parceiros políticos, reafirmando sua intenção de, quando a campanha for oficializada e ele estiver na batalha pelo voto da população, apresentar-se como um defensor da região e do Estado, em suas causas mais importantes. Thiago tem uma história política diferenciada. Quando deixou a Prefeitura que comandou, com aprovação de 88 por cento, poderia ter tido uma reeleição muito fácil. Optou, contudo, pela renúncia a um projeto político, para dedicar-se à família, já que estava prestes a ter o primeiro filho. Parceiro do grupo político que tem a atual prefeita Carla Redano e o seu marido, o presidente da Assembleia Legislativa, Alex Redano como líderes, Thiago também teve papel importante na campanha que levou Carla ao comando da Prefeitura. Ela entrou praticamente na última hora e ganhou a eleição contra adversários muito fortes.

Cristiane Lopes, nome quentíssimo à Câmara, comanda a ala feminina do União Brasil

Enquanto vários partidos buscam candidatas viáveis para a eleição deste ano, um deles, o União Brasil, está nadando de braçada, pelo menos em relação a um nome: o da ex-vereadora e apresentadora de TV, Cristiane Lopes. Recém nova mamãe, com a chegada de sua filha (Hadassa Cristina) há poucas semanas, Cristiane é um nome que se consolidou na política rondoniense e que aparece, em qualquer análise que se faça sobre as possibilidades reais de boa votação, entre aquelas que podem almejar uma cadeira à Câmara Federal. Na última eleição para o Congresso, a jornalista e apresentadora fez nada menos do que 20.350 votos, numa performance surpreendente, porque trabalhou praticamente sozinha e sem recursos. Os gastos foram, apenas, de vários pares de sapato, porque a sola deles ficou corroída, de tantas caminhadas e visitas.  Na sua segunda tentativa, dessa vez como candidata à Prefeitura da Capital, ela fez 31.461 votos, o que a levou ao segundo turno, enfrentando então o candidato Hildon Chaves, que concorria à reeleição. A ex-vereadora perdeu a disputa, chegando a 91.015 votos, 18 mil a menos que seu então adversário. Hildon ganhou a disputa com bastante folga, mas a performance de Cristiane foi marcante, novamente. Ela saiu do PP, seu antigo partido e entrou para o Podemos, de Léo Moraes. Não durou muito por lá. Convidada pelo governador Marcos Rocha, Cristiane assumiu como secretária adjunta da Seduc e, além disso, ingressou no União Brasil, onde comanda a ala feminina do partido. Candidatíssima novamente à Câmara, há quem diga que em qualquer pesquisa que se fizer na Capital, nomes como os dela, de Breno Mendes, de Chico Holanda, estariam entre os cotados com chances para chegar lá. Esperemos para saber!

Bolívia vende a 4 reais o litro gasolina que importa do Brasil. Argentinos, no pico da crise, pagam o máximo de 4, 65 pelo litro

Gasolina a 4 reais, bem pertinho da gente. E gasolina brasileira! Quem quer? Simples. Basta atravessar a fronteira e ir para a Bolívia, onde os postos vendem, ao consumidor final, o combustível importado do Brasil, por um preço pelo menos 45 por cento menor do que o pobre rondoniense está pagando, ao abastecer seus veículos. É bom que se saiba que grande parte da gasolina e do óleo diesel consumidos em Guajará Mirim, vem do lado de lá da fronteira. Pelo preço que se consegue os dois combustíveis, é um grande negócio. Comprar um litro por 4 reais e vender no lado de cá a 7,30 ou 7,40 reais é, sem dúvida, uma forma de fazer bastante dinheiro bem rapidinho. Mas se formos comparar com a Argentina, por exemplo, que vive uma grave crise econômica e teve dois aumentos seguidos no preço dos derivados de petróleo em pouco mais de uma semana? Ah, lá é diferente. Até o início desta semana, os argentinos abasteciam seus carros com a gasolina custando 4 reais e 65 centavos o litro. Sem contar a Venezuela, que é grande produtora de petróleo, mas é uma ditadura comunista que se perdeu na História, outros países da América do Sul também têm preços bem menores do que os nossos. Com exceção de Uruguai e Chile, que têm preços semelhantes aos do Brasil, nos demais países da região, somos os grandes e tristes campeões no preço dos derivados de petróleo, incluindo-se aí o preço do gás de cozinha, esse sim, que prejudica principalmente as famílias mais pobres. Claro que há muitos motivos para estes preços abusivos no nosso país, mas será que são bem menores em países vizinhos porque neles não existe a Petrobras?

Bolsonaro volta ao Acre depois de um ano, para encontro com evangélicos e entrega de títulos da regularização fundiária

Bolsonaro anda por perto! Nesta sexta, ele estará em Rio Branco, no Acre. Seu principal compromisso será participar de um grande evento evangélico, que acontece numa das maiores casas de shows da Capital acreana, mas também deve assinar documentos de regularização fundiária no Estado. O encontro com pastores é liderado pela Igreja Assembleia de Deus do Acre e não será aberto ao público. Será apenas para autoridades e convidados. O evento religioso, denominado de “Encontro Cristão de Fé e Cidadania” terá também a participação de cantores de música Gospel e um almoço. Não está confirmado se o Presidente fará algum discurso. Bolsonaro tem sido mais presente na região norte, nos últimos meses. Em Rondônia, já esteve duas vezes, em menos de nove meses. Em maio do ano passado, o Presidente comandou a solenidade de inauguração da nova ponte sobre o rio Madeira, na Ponta do Abunã. Retornou no início de fevereiro, para um encontro com o presidente do Peru, Pedro Castillo. No dia 3 do mês passado, por algumas horas, o governo brasileiro foi transferido para o Palácio Rio Madeira/CPA, na Capital rondoniense, onde os dois chefes de Estado se reuniram. A última visita do Presidente da República ao Ace foi em 21 de fevereiro do ano passado, quando, acompanhado de ministros e autoridades do Estado, sobrevoou as áreas afetadas por mais uma grande enchente que os acreanos enfrentavam. Por enquanto, não há mais detalhes da visita e nem sobre quando tempo ela vai durar.

Confúcio lança em Ariquemes o projeto cidades inteligentes, com investimentos de 22 milhões de reais

Com recursos de mais de 22 milhões de reais, de emenda do senador Confúcio Moura (por meio do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações), o Projeto Cidades Inteligentes será lançado em Ariquemes, nesta sexta. Elaborado pelo Instituto Federal de Rondônia, o IFRO, o projeto se desenvolveu em parceria com a Prefeitura da cidade e, segundo Confúcio, “vai transformar a gestão pública, colocando os serviços à disposição do cidadão de forma mais próxima, rápida e ágil”. Confúcio, duas vezes prefeito de Ariquemes, no Senado tem dado atenção muito especial a todos os temas relacionados com a educação e com o conhecimento. O projeto “Cidades Inteligentes” , que o senador considera “audacioso e inovador”, faz parte deste pacote de metas a serem atingidas. Segundo ele, Ariquemes formará “uma grande rede inteligente, inovadora e acessível a todos”. Aliás, por falar em Confúcio, ele reafirmou pela enésima vez, que não será candidato ao Governo do Estado. Procurado novamente por amigos, partidários e correligionários nos últimos dias, com pedidos para que revisse sua posição, o senador deixou claro que a decisão é irreversível e que ele, inclusive, já tem projetos para os seus próximos cinco anos de mandato como Senador da República, representando nosso Estado. O evento desta sexta, em Ariquemes, vai acontecer às 9 horas da manhã, no IFRO.

Perguntinha

Você acha que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, vai recuar ante as pressões do mundo e se retirar da Croácia ou teme que a guerra continue ainda por longo tempo, com todas as suas trágicas consequências?






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