RO, Sábado, 18 de maio de 2024, às 12:39



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Pandemia aumenta número de ataque às crianças que sofrem violência em Porto Velho e no País

PORTO VELHO – Criança violentada em Porto Velho não dispõe de atendimento psicológico, nem pode ser encaminhada regularmente à assistência terapêutica, à delegacia especializada e ao Instituto Médico-Legal. Há meses, mesmo no plantão 24h que algum deles possa oferecer, a prioridade é o atendimento à covid-19. Casos de subnotificação se sucedem a cada dia.

Dados do Sistema Nacional de Agravos revelam: casos de agressões, violência e mortes de crianças no Brasil chamam a atenção porque ocorrem dentro do próprio lar, lugar onde, em tese, deveriam estar protegidas.

No ano passado, o Disque 100 do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos recebeu (e o Sistema registrou) 95.247 denúncias contra 86.800 em 2019, quando não havia pandemia. Os números representam uma média de 260 queixas ao dia não só por tortura, agressões físicas e psicológicas, mas também por negligência, a maioria. A média horária é de 11 denúncias.

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Cobrar políticas públicas e obter, em órgãos públicos, prioridade absoluta para o combate à violência. Essa é a principal reivindicação a ser feita nesta próxima terça-feira, 18, quando será lançada, também no Estado de Rondônia a Campanha Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes.

A campanha se chama Faça bonito – Proteja nossas crianças e adolescentes.

“A única forma de intervir é denunciar; há tantos tipos de violência acontecendo e precisamos dar conta de enfrentá-las”, disse hoje a assistente social Denise Campos, coordenadora do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Maria dos Anjos.

Durante os anos 1980 ela coordenou o Setor de Adoção do antigo Juizado da Infância, depois, trabalhou em processos de crimes contra crianças.

Na situação do IML, por exemplo, Denise Campos acredita ser muito mais lógico e eficaz o perito ir até a criança, não ela ser conduzida até o instituto. O fluxo de meninos e meninas é grande rumo aos hospitais infantis  e maternidade.

Ao mesmo tempo tem ocorrido sucessivos casos de subnotificações de crimes contra crianças, originados da convivência delas, em casa, com os próprios agressores.

Segundo explicou, a proposta anual da campanha visa a mobilização virtual para o 18 de maio, “sensibilizando, informando e convocando toda a sociedade a participar da luta em defesa dos direitos de crianças e adolescentes”

“É preciso garantir a toda criança e adolescente o direito ao seu desenvolvimento de forma segura e protegida, livres do abuso e da exploração sexual. A violência sexual praticada contra crianças e adolescentes envolve vários fatores de risco e vulnerabilidade quando se considera as relações de gênero, de raça/etnia, de orientação sexual, de classe social, de geração ede condições econômicas”, diz a campanha Faça Bonito.

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► “Nessa violação, são estabelecidas relações diversas de poder, nas quais tanto  pessoas e/ou redes utilizam crianças e adolescentes para satisfazerem seus desejos e fantasias sexuais e/ou obterem vantagens financeiras e lucros. Nesse contexto, a criança ou adolescente não é considerado sujeito de direitos, mas um ser despossuído de humanidade e de proteção.

►  A violência sexual contra meninos e meninas ocorre tanto por meio do abuso sexual intrafamiliar ou interpessoal como na exploração sexual. Crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, por estarem vulneráveis, podem se tornar mercadorias e assim serem utilizadas nas diversas formas de exploração sexual como: tráfico, pornografia, prostituição e exploração sexual no turismo.

A agenda compartilhada da Rede de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes em Porto Velho já teve a seguinte programação:

Dia 13, às 7h: entrevista de Cíntia Biscosin, Creas/Semasf, à Rádio Parecis FM.

Dia 13, às 9h: tema para Facebook, às 9h, Aime Pereira e André Rodrigues, Creas/Semasf.

Dia 14, às 8h: lançamento do material informativo da campanha “Basta, Porto Velho!”, Aime Pereira e André Rodrigues.

Dia 14, às 9h: entrevista Rema TV, Denise Campos, Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Maria dos Anjos.

Dia 14, às 13h: SICTV, Programa Balanço Geral, Tatiana Brasil, Creas/Semasf.

Dia 14, às 14h30: SICTV Record-RO, Cíntia Viscosin, Creas/Semasf.

 A programação seguinte é esta

Dia 17, às 10h, Rondoniagora, Denise Campos.

Dia 17, Rádio Boas Novas, Landa Elaisa, Creas/Semasf.

Dia 18, às 7h, Rádio Boas Novas, Marina Falcão, Semasf.

Montezuma Cruz, para o expressaorondônia






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