PORTO VELHO – O que sai era (ou ainda é?) sócio de uma conhecida casa noturna na capital. O que entra, parceiro de badalado bar-restaurante vip. Talvez por conchavos políticos o primeiro, Edmilson Lemos de Oliveira, o “Edmilson da Dimples” era até esta quarta-feira presidente da Emdur, e o segundo, Gustavo Beltrame, indicação de um advogado dirigente de um partido que apoiou o prefeito Hildon Chaves, é o substituto, conforme o decreto publicado no Diário Oficial do município.
Pelo visto, Edemilson foi traído por uma grande ferramenta da modernidade, mas que, quando não bem usada acaba se transformando num boomerangue, aquela arma dos aborígenes australianos que, depois de arremessada e ferir o inimigo, retorna a quem a lançou, para fazer novas vítimas.
O leitor ainda não adivinhou: a “arma da modernidade” tem um nome muito comum: “rede social”. E pelo que os antigos colunistas costumavam classificar de “fofoca” já vinha de algum tempo, conforme uma série de frases desconexas de “Da Dimples” disparadas no whatsapp direcionadas a um grupo que, conforme ele afirma constava de 80 membros que, pelo visto, não replicavam as mensagens que ele postavam, o que o deixou irritado e ameaçador.
Ele caiu na armadilha das redes sociais ao (parece estar embriagado) postar áudios ofendendo seus subordinados na Emdur e ameaçando contar os podres do ex-presidente, Thiago Tezzari.
Ouça um dos áudios postados por Edmilson no grupo de whatsapp da Emdur:
Talvez não esperando que as diatribes chegassem ao prefeito, incluindo acusações a um personagem que ele epitetava seguidamente de “Baleia”, acusando sem citar qualquer prova a todos de “traição”. Talvez Edmilson imaginou que mesmo tomando conhecimento Hildon iria apoiá-lo. “Deu ruim”, como dizem crianças que cometem alguma traquinagem extra. Foi exonerado sumariamente e virou ex.
Claro, para manter as aparências, apesar da velocidade com que o caso foi encerrado (ou será que foi?) Hildon optou por anunciar a exoneração de Edmilson “a pedido”, talvez para salvar a honra do que sai e até a chamada “governabilidade”.
Desde sua primeira gestão HIldon Chaves teve até agora quatro presidentes da Emdur. Juscelino Amaral, que ficou pouco tempo, Breno Mendes, ficou muito mais tempo, Tiago Tezzari, que pelo resultado obtido contribuiu muito para a reeleição de Hildon, Edmilson da Dimples e, agora, Gustavo Beltrame é o quinto.
Bom, se os dois entendem da importância e do mecanismo que move a Emdur, responsável dentre outras coisas pela iluminação pública do município, no jogo de benesses políticas com certeza isso não foi considerado pelo prefeito Hildon Chaves.
