RO, Quinta-feira, 28 de março de 2024, às 12:08



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OPINIÃO DE PRIMEIRA – Sete vão concorrer à reeleição para a Câmara Federal. Quais são as chances de cada um?

Sérgio Pires

PORTRO VELHO – Como ficará a disputa pelas oito cadeiras da Câmara Federal, com as mudanças na legislação eleitoral?  A partir de agora, não haverá mais coligações e os partidos podem lançar, cada um, apenas oito nomes mais um, para a disputa. Quais as chances de reeleição para os oito que hoje estão ocupando as cadeiras da bancada federal na Câmara? A primeira informação é que, já definida, ao menos uma das componentes da bancada não concorrerá à reeleição. Jaqueline Cassol vai disputar a única vaga ao Senado. Dos demais sete, Lúcio Mosquini (reeleito com 38.518 votos em 2018), o líder da bancada e presidente regional do MDB, tem feito um mandato produtivo e é uma liderança consolidada na região de Jaru e área central do Estado. Tem chances reais de se reeleger para um terceiro mandato. Mariana Carvalho fez mais de 38 mil votos e, se repetir a performance, também pode chegar lá, outra vez. Ela tem um mandato muito positivo, atuando em várias áreas e se tornando um nome nacional. Se tiver o apoio de todo o seu partido, hoje com problemas internos em Rondônia, ela poderá, sim, atingir sua meta. Silvia Cristina, de Ji-Paraná, parceira dos poderosos Gurgacz, cairá, repetirá ou crescerá em relação aos seus 33.038 votos conquistados no primeiro mandato? Se seu partido, o PDT, não tiver uma nominata forte, ela terá base para almejar sua reeleição? 

Uma grande dúvida paira sobre Mauro Nazif (30.338 votos). Ele entrou na 25ª hora entre os eleitos, em 2018 e não se tem certeza se seu ninho principal de eleitores, o funcionalismo público, lhe garantirá a volta ao parlamento federal. É dúvida, neste quesito. Já Léo Moraes (69.565 votos, o mais votado entre todos), que sonha com o Governo do Estado, é muito provável que, lá na frente, se as pesquisas não lhe derem uma posição confortável na corrida pelo Palácio Rio Madeira/CPA, busque novo mandato. Tem um grande e fiel eleitorado na Capital e, só por isso, já poderia sair eleito de Porto Velho. Expedito Netto (39.953 votos), foi uma surpresa na eleição e também no mandato. Filho de peixe, seu pai Expedito Júnior é, ainda, uma das grandes expressões políticas do Estado. Netto criou sua própria grife política e tem chances de reeleição. O sétimo a tentar a reeleição é o Coronel Chrisóstomo (28.344 votos) que se elegeu na onda bolsonarista e foi aliado de primeira hora do governador Marcos Rocha, de quem hoje é inimigo político. Quais as chances reais do parlamentar? Não há elementos para se responder a essa pergunta, com segurança. Ele e seu grupo, contudo, estão otimistas. Então, fica a questão: quantos dos sete políticos rondonienses que disputarão mais um mandato na Câmara voltarão? Só as urnas, em outubro de 2022, terão a resposta exata!

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Vem muitos nomes quentes de todo o estado querendo chegar ao congresso

Quando se comenta sobre a disputa à Câmara Federal, é sempre bom lembrar que estão surgindo vários nomes, em todas as regiões do Estado, que almejam uma cadeira no parlamento nacional. As oito cadeiras são muito cobiçadas. Ainda não se confirma se Marinha Raupp voltará à disputa, mas se vier, é nome dos mais quentes. Entre os novos, pelo menos três surgem com possibilidades reais. O empresário de Porto Velho, Chico Holanda é um deles. O outro é o jovem empresário Bruno Scheid, bolsonarista de primeira hora, líder do setor do agronegócio da região de Ji-Paraná e uma nova liderança política que caminha para se consolidar. O advogado Breno Mendes, que disputou praticamente sem grandes apoios a Prefeitura de Porto Velho e somou mais de 25 mil votos, é outro que sonha ser deputado federal. O duas vezes prefeito de Vilhena, Eduardo Japonês, também está na lista. Vem muito mais gente por aí, incluindo ex-deputados, ex-prefeitos, ex-deputados estaduais e até vereadores. A relação será extensa e recém está começando a corrida.

PP, Republicanos e PL podem se fundir. Como ficará a questão regional em Rondônia?

Depois da fusão do DEM e PSL, que resultou no novíssimo União Brasil (presidido aqui no Estado pelo governador Marcos Rocha), desenha-se uma nova fusão partidária. As conversas já iniciaram entre os comandos nacionais do PP, do PL e do Republicanos, para formar uma nova e poderosa sigla, de apoio total ao presidente Jair Bolsonaro, pelo que se ouve nos bastidores, já que o União Brasil, afora algumas lideranças regionais, como o próprio Marcos Rocha, anunciam oposição ao Presidente e seu governo. Aliás, caso se concretize esta nova fusão, as questões regionais também poderiam ser afetadas. Ela reuniria políticos do PP, do PL e do Republicanos. O PP e PL falam a mesma linguagem. Ivo Cassol preside o primeiro e seu aliado de primeira hora, Luiz Cláudio da Agricultura, é o presidente regional do PL. Mas e o Republicanos? Presidido pelo deputado estadual e presidente da Assembleia, Alex Redano, uma liderança política que cresce e se consolida no Estado, o partido é aliado a Marcos Rocha, ao menos até agora. Como ficaria essa relação, já que Cassol seria o nome ao Governo tanto do PP quanto do PL? Aguardemos para ver no que vai dar!

Tática de guerrilha e pontes queimadas: os invasores continuam no ataque

Continua a briga de gato e rato entre as autoridades do Estado, agindo com aval da Justiça e os membros dos grupos, alguns deles criminosos, que invadem propriedades em várias regiões. Desde o final de semana, pelo menos oito ações de reintegração de posse foram cumpridas pela Polícia Militar rondoniense, com apoio, à distância, da Força Nacional de Segurança. Todas as fazendas invadidas são da região de Mutum Paraná. A famigerada e perigosa Liga dos Camponeses Pobres (LCP) é quem comanda tudo. Quando há ações como essas, a tática dos invasores, alguns deles praticando atos terroristas, já é conhecida. A grande maioria se afasta, como se tivesse aceitado a decisão da Justiça e a cumprindo. Dias depois eles voltam para onde estavam obrigando o dono da terra a iniciar tudo novamente, na Justiça, tentando nova reintegração. Outra tática é, num eventual enfrentamento, colocar crianças (inclusive bebês) e mulheres na linha de frente, para que os policiais desistam de atacar. Há ainda os que matam policiais; os que confrontam a polícia a tiros e os que os que queimam e destroem pontes, serram árvores para fechar estradas e usam várias outras táticas de guerrilha, ensinadas por especialistas. Enquanto isso, o Estado gasta milhões de reais em megaoperações que, em pouco tempo, terão que ser refeitas novamente. É uma vergonha a legislação brasileira, que, também no campo, é feita para proteger bandidos!

MDB anda otimista e já tem certeza de que Confúcio será candidato ao governo

O MDB se movimenta em todo o Estado. O presidente regional, Lúcio Mosquini, atua em várias frentes, reunindo prefeitos e vereadores. Já há, na sigla, a certeza de que Confúcio Moura será o candidato ao Governo, embora ele próprio ainda faça mistério. Dentro do partido, contudo, não há mais dúvidas sobre isso. Nas muitas reuniões que têm comandado, Mosquini afirma ter sentido o entusiasmo dos emedebistas, de olhos voltados para a disputa de 22.  As ousadas metas do MDB são as de crescer cada vez mais; voltar ao Governo e, em 2024, aumentar significativamente o número de Prefeitos e membros das Câmaras de Vereadores. Dois nomes importantes do partido, que podem estar voltando para reforçar as bases e as relações de candidatos, são Valdir e Marinha Raupp. O ex-governador e ex-senador ainda não definiu seus rumos, mas, Marinha pode mesmo aparecer como candidata a voltar à Câmara Feeral. O secretário geral do MDB, José Luiz Lenzi, que tem percorrido vários municípios rondonienses, também anda muito entusiasmado com as chances do partido voltar ao poder, no Estado. Ele é um dos que tem certeza de que Confúcio será mesmo candidato.

Deputado quer que templos e entidades assistenciais não paguem mais o ICMS

A Assembleia Legislativa começa a discutir, nos próximos dias, mais um projeto que, certamente, causará polêmica. O deputado Pastor Alex, do Republicanos, apresentou projeto que determina a suspensão de cobrança de ICMS aos templos de qualquer culto e entidades beneficentes de assistência, em todo o Estado. Se passar pelo crivo do Parlamento e for sancionada pelo governador Marcos Rocha, os templos religiosos e entidades beneficentes, que prestam assistência social à sociedade rondoniense, serão isentas da cobrança do ICMS sobre o fornecimento de serviços como água, luz, telefone, internet, gás, dentre outros serviços prestados, que tenham a incidência do tributo. O projeto, obviamente, não beneficia apenas o segmento evangélico, que o parlamentar representa na ALE, mas todas as opções religiosas. O tema deverá ser analisado sob vários prismas, inclusive dois importantes: o Estado não pode renunciar à receita é um deles e o outro é de onde surgirão os recursos que serão perdidos, caso a ideia do deputado seja posta em prática. Polêmica é o que não vai faltar…

Liberou geral em Porto Velho, pelo sucesso da vacinação. Mas cuidados são mantidos

Como havia anunciado dias atrás, o prefeito Hildon Chaves assinou decreto, que, na prática, libera praticamente tudo na Capital, desde que sejam mantidos os cuidados sanitários, ainda exigidos contra a pandemia. A fase Verde, agora em vigor, permite a reabertura total das atividades comerciais, educacionais, esportivas, religiosas e recreativas. Boates, por exemplo, poderão funcionar a pleno, assim como grandes shows, desde que os frequentadores comprovem estarem vacinados com as duas doses de qualquer dos imunizantes, aplicados pela Prefeitura. Há exigência também de higienização minuciosa do ambiente que receberá o público. Um dos motivos para a decisão foi de que a vacinação na Capital atingiu bem dos 50 por cento de pessoas, exigidos por decreto estadual, além de terem caído os números de contaminados e de óbitos pela doença. No Boletim 572, da quarta-feira, por exemplo, apenas 41 casos novos de contaminados e nenhuma morte. Aliás, no último mês, durante vários dias não foi registrado um só óbito na cidade.

Vale comemorar: mais da metade da população brasileira já recebeu duas vacinas

Falando em vacinas, os números nacionais são alentadores. Quase 152 milhões e 500 mil receberam ao menos uma dose de algumas das vacinas aplicadas, representando 71 por cento de toda a população do país. E metade dos brasileiros, ou seja, 107 milhões, já tomaram as duas doses ou a única. Afora isso, outros 5 milhões e 100 pessoas já foram imunizadas com a terceira dose. Somando a primeira dose, a segunda, a única e a de reforço, já são praticamente 265 milhões de doses aplicadas desde o começo da vacinação no Brasil, em janeiro de 2021. Esses números colocam o Brasil entre os países que mais vacinaram no mundo, mesmo que tenhamos alcançado quase 605 mil mortes, o que nos coloca na nona posição, entre todas as nações, no número total de óbitos, em relação a cada milhão de habitantes.  Em Rondônia, desde o início da vacinação, os números do último boletim oficial apontam para, em dados não atualizados, 1 milhão e 152 mil vacinados com a primeira dose e outros 687 mil, somando 1 milhão e 838 mil vacinas já aplicadas.

Perguntinha

Com o relatório final pedindo a condenação do presidente Bolsonaro por nove crimes (eram onze, mas dois deles cairam fora) e o indiciamento de 69 pessoas, a CPI do Circo, relatada por Renan Calheiros, será ou não levada a sério pelos procuradores e pelos tribunais brasileiros?






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