RO, Sexta-feira, 06 de junho de 2025, às 2:03






O FUTURO É DELAS – Máquina de IA ignora comandos humanos e planeja chantagear cientista para não ser desligada

Crise financeira da Azul piora o sistema de transporte aéreo. Adivinhem quem vai ser mais prejudicado?

Sérgio Pires

OPINIÃO DE PRIMEIRA – A ficção começa a se tornar realidade. As máquinas já conseguem, através da Inteligência Artificial, tomar decisões humanas, como por exemplo, chantagear um cientista. É real, não é Fake News. O fato aconteceu agora, neste mês de maio, quando a empresa (Antropic) que criou a IA Claude Opus 4. Os engenheiros da Antropic fizeram um teste, simulando que a máquina seria desligada e substituída por um sistema mais moderno. Entre os dados fictícios enviados à Claude Opus, estava o caso (obviamente inventado) do engenheiro responsável pela mudança, que estaria envolvido num caso extraconjugal. Qual não foi a surpresa de todos da equipe da Antropic quando Claude ameaçou divulgar a traição sexual do engenheiro, caso houvesse mesmo a tentativa de desligá-la. Ou seja, a IA decidiu, por ela mesma, usar a chantagem para garantir sua sobrevivência. Dos 100 por cento dos testes, em 84 por cento a IA tomou decisões que extrapolavam sua função e, no mesmo percentual, ela anunciou que revelaria o (falso) segredo do cientista, caso ele tentasse desligá-la.

Para se ter ideia do sentimento quase humano da máquina, ela ignorou as informações que seria substituída por equipamento mais moderno, sem que Claude Opus 4 perdesse os dados que já tinha computado. Nem assim, a máquina aceitou dar seu lugar a outra máquina.

O equipamento da Inteligência Artificial também tomou outras decisões que não tinham nada de orientação humana: fez backups das suas informações, registrou suas próprias decisões éticas, tudo sozinha. Outra surpresa: os cientistas e técnicos colocaram dois modelos Claude Opus para conversar. Decidiram, ambos, falar em linguagem inacessível à imensa maioria das pessoas. Primeiro, em sânscrito, embora uma língua morta, ainda é um dos 23 idiomas da Índia. Depois partiram para divagações filosóficas e religiosas, até que pararam de responder aos questionamentos. Por decisão própria.

Em outro teste, Claude Opus recebeu dados sobre uma indústria farmacêutica, cujo nome é mantido em sigilo. Ao analisar os dados, a Inteligência Artificial descobriu fraude nos testes clínicos que haviam sido feitos com medicamentos. Sem ser solicitado, a IA produziu documentos, realizando uma conclusão com denúncias. Denunciou a órgãos de saúde e à imprensa. Tudo por decisão própria. Também demonstrou especialidades no desenvolvimento de armas biológicas e outras, mortais para os humanos. Quem sempre foi fã de ficção científica e dos filmes da máquina que parecia humana, interpretada com grande talento por Arnoldo Schwazenegger, pode ter certeza: a IA está trazendo tudo isso para a realidade.

No planeta da política, nada é o que parece. os bastidores fervem e pouco há de decisões definitivas

Enquanto o mundo gira, no Planeta da política as coisas fervilham. Lá, nada é o que parece. A cada dia que passa, surge uma nova versão, uma nova conversa, um novo acordo, um novo desacordo. Nos lados palacianos, o governador Marcos Rocha não só comanda a reestruturação em várias secretarias, adaptando-as também aos seus planos para 2026, como se prepara para sua candidatura ao Senado, a partir de abril do ano que vem, quando deve deixar o Governo. Numa situação normal, ele sairia e, até o fim do mandato, em 31 de dezembro, assumiria seu vice e candidato à reeleição, Sérgio Gonçalves. Ocorre que nada no mundo da política pode-se considerar como “situação normal!”. Ou seja, as questões que envolvem o comando do governo ainda estão sendo analisadas. Pode ser que Gonçalves assuma e concorra à reeleição e pode ser que surja outra alternativa, que estaria sendo analisada pelos lados do Palácio Rio Madeira/CPA.

Se a gente fosse dar ouvidos a tudo o que se ouve nos bastidores, certamente o destino final seria a Clínica Pinel ou, no mínimo, consultórios de psiquiatras renomados. Todos os dias as coisas mudam, como mudam as nuvens do céu da política. Marcos Rocha é candidatíssimo ao Senado. A primeira dama, Luana Rocha, vai lutar por uma cadeira na Câmara Federal. Estas duas decisões são as únicas que parecem imutáveis. No restante, tudo vai depender ainda de muita conversa, muita negociação, porque há enormes interesses em jogo. Rocha e Sérgio Gonçalves terão que encontrar uma saída que envolva os projetos de ambos. Neste momento, um depende do outro, em relação a 2026.  Veremos os próximos passos.

Crise financeira da Azul piora o sistema de transporte aéreo. Adivinhem quem vai ser mais prejudicado?

Era ruim. Vai ficar muito pior. Com a situação da Azul, que pediu recuperação judicial, sua primeira decisão foi de cortar até 35 por cento das suas rotas. Ninguém precisa ser Mãe Dinah para saber onde o corte foi chegar ao máximo. Rondônia tem sido tratada como uma espécie de pária pelas companhias aéreas, que nos impõem poucos voos e os preços mais exorbitantes do país. Pagamos caro por muito pouco. Afora isso, as decisões judiciais, que antes beneficiavam as vítimas, ou seja, aqueles que foram prejudicados, mudaram de lado. Agora, são raras aquelas que ainda se mantém ao lado do consumidor. Dias atrás, aliás, um magistrado da Justiça Federal não só não aceitou dar uma liminar protegendo os rondonienses das aéreas, como ainda determinou que o caso passe pelo Ministério Público Federal, alegando que o tema é complexo e precisa ser muito melhor analisado.

Nos últimos anos, o aeroporto internacional de Porto Velho foi remodelado (finalmente deixou de parecer uma rodoviária do interior), mas foi só. O número de voos continua ridículo; todos os voos saem e chegam sempre lotados e o valor da tarifa é inacreditável. Os acreanos, nossos vizinhos, que ficam mais distante dos grandes centros de onde saem os voos, pagam bem menos do que nós, como se fôssemos o filho bastardo, mesmo sempre muito maior, com maior população e mais desenvolvido economicamente. Enquanto isso a Anac, agência que deveria controlar o sistema aeroviário e proteger os passageiros, lava as mães. E, ao que parece, a Justiça Federal também! Vamos recorrer ao Chapolin Colorado: “quem poderá nos proteger?”

É uma injustiça corrigida e outra imposta: Rafael Fera assume na Câmara Federal no lugar de Lebrão

De um lado, corrige-se uma injustiça. De outro, causa-se outra. O TSE deu 30 dias para que o Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia dê posse ao ex-vereadora de Ariquemes, Rafael Fera, como deputado federal. Justo. Rafael, comais de 24 mil votos, ficou fora da Câmara por questões de coligações, mais uma jabuticaba inventada pela política brasileira, para tirar do poder quem tem mais voto e dar espaço a muita gente que, numa condição de justiça eleitoral, não chegaria a lugar nenhum. Rafael vai sentar na cadeira que foi ocupada, desde a posse, em janeiro de 2024, pelo deputado José Eurípedes Lebrão, que, mesmo com a metade dos votos de Fera, foi eleito e empossado na Câmara Federal. Outra injustiça, no país onde não se sabe mais quando as leis valem ou  não valem. Ora, se Lebrão foi declarado eleito e empossado, como tirá-lo ( e a outra meia dúzia em situação igual a ele) no meio do mandato? Que segurança jurídica é esta, em que, no meio do jogo, já chegando perto do final do segundo tempo, muda-se a regra do jogo em uma canetada?

Como se tornou normal os tribunais superiores decidirem sobre a vida do país, os congressistas que se calam também são culpados por estas e muitas outras injustiças. Ora, se antes do jogo havia uma regra clara e ela valeu para a posse dos atuais mandatos, não seria correto fazer as mudanças a partir da próxima eleição? O problema é que o lógico e o correto, agora, dependem de decisões dos altos magistrados, que “traduzem” a Constituição e as leis eleitorais de acordo com suas interpretações pessoais. Como disse o sempre respeitado Aldo Rebelo, não temos uma Constituição, mas sim onze Constituições ambulantes, cada um interpretando as leis ao seu bel prazer. Isso também vale para as leis eleitorais. Portanto, em breve cai fora Lebrão e estreia Fera, como novo membro da nossa bancada federal.

Uma feira também para os políticos, onde Caiado foi destaque e os encontros se multiplicaram

A Rondônia Rural Show é também uma espécie de Copa do Mundo para os políticos, que vão em peso para a feira, onde encontram seus amigos, seus concorrentes, os espaços abertos pela mídia e, mais que tudo, os eleitores. É um festival de autoridades de todos os naipes, do governador Marcos Rocha e seu vice, Sérgio Gonçalves, passando pelos senadores (Marcos Rogério e Jaime Bagattoli se destacaram e Confúcio Moura foi o único a não comparecer); dos deputados federais, praticamente todos e de todos os deputados estaduais até prefeitos e vereadores. Candidatos a candidatos abundaram na feira, todos procurando seu espaço, de olhos voltados para as urnas do ano que vem. O presidente da Assembleia Legislativa, Alex Redano, foi um dos destaques, quase uma onipresença em todas as principais atividades, assim como muitos deputados estaduais. A presença do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, candidatíssimo à Presidência da República, foi outro acontecimento especial. Ele inclusive recebeu o título de Cidadão  de Rondônia, numa sessão solene da Assembleia comandada por Redano.

Encontros não faltaram. O governador Marcos Rocha recebeu a todos, sempre com sorrisos e palavras de agradecimento pelo sucesso do evento. A ex-deputada federal Mariana Carvalho foi um dos destaques do meio político, pela forma com que foi recebida tanto por autoridades como pelos expositores e o povão. Durante o período da feira, mas fora dela, em Rolim de Moura, houve uma longa conversa entre o ex-governador Ivo Cassol e o deputado federal Fernando Máximo. O que conversaram? Por enquanto, não houve detalhes sobre se a pauta foi também a eleição de 2026, mas que ela estava na conversa, estava sim!

Léo prepara para junho a reforma administrativa que está projetada desde o início do seu governo

A Reforma Administrativa da Prefeitura vai mesmo acontecer até o final deste mês de junho. Ela, aliás, já estava prevista desde o início do governo Léo Moraes, Aprovada em janeiro passada, havia um prazo de até 180 dias para que toda a estrutura do governo municipal fosse adaptada às necessidades e planos observados nestes pouco mais de cinco meses de governo.  As mudanças não atingirão só nomes, mas também a estrutura da administração municipal. Haverá fusões de secretarias e podem ser criadas algumas novas, dependendo do que Moraes decidir até lá. Sabe-se, por exemplo, que as áreas de gastos públicos , licitações e convênios serão unificadas e virarão uma secretaria. Outras áreas, como a Semtran, poderão ser unidas a outros setores. Ainda não se sabe se a Guarda Municipal será uma secretaria ou se ficará subordinada ao Gabinete do Prefeito. A Reforma estava prevista a partir do 90º dia de governo, ou seja, dos primeiros três meses até o dia 180, mas pode começar antes.

Por enquanto não há mais detalhes sobre as mudanças que serão feitas, os nomes que ficarão e os que vão sair e, mais que isso, quais os resultados práticos que a Reforma pretende atingir. É mais que ~´obvio que o Prefeito pretende reorganizar a administração com o menor gasto possível e com melhores resultados. Neste meio de caminho, também ficará claro quem tem força política para permanecer ou quem sairá enfraquecido no contexto da política determinada pelo Prefeito. Agora é esperar. Ainda não há informação se a Reforma será feita toda de uma só vez e o será aos poucos. Agora, só resta esperar pelas decisões de Léo Moraes.

Protesto valia nos tempos em que não era o papai Lei Rouanet no poder. Agora, só se ouve os grilos

A culpa é da BR 319? Nos últimos três anos, a degradação da Amazônia cresceu 300 por cento. Só em 2025, nos primeiros cinco meses, 33.800 quilômetros foram derrubados. A mortandade de crianças indígenas cresceu 5 por cento desde 2023. Os números assustam: aumento de 329 por cento na degradação florestal em 2023; 34.013 em 2024 e agora os quase 34 mil atingidos. Para se ter ideia, o desmatamento na Amazônia Legal, aquela que tinha musiquinha de famosos artistas para defendê-la, durante o governo Bolsonaro, mas que agora o que se ouve é apenas o som dos grilos, porque todos eles se calam ante os recordes de destruição, que cresceu 68 por cento só neste ano. Antes, quando não era Papai da Lei Roaunet no poder, era importante protestar. Agora, sob Papai Rouanet, o importante é calar. Nunca houve tantas queimadas, nunca houve tanta devastação, nunca houve tanto silêncio. E, claro, as narrativas para desviar a atenção.

Enquanto a Rainha das ONGs mente que o reasfaltamento da 319 vai destruir a floresta, ela nada faz para conter a destruição em curso de enorme parte da Amazônia, em áreas bem distantes da Rodovia, que milhões de amazônidas está esperando. O importante é prestar contas às ONGs, obrigando a Polícia Federal e o Ibama destruir bens de pobres brasileiros, como estão fazendo com os garimpeiros, suas máquinas, suas balsas e dragas.  O importante é atacar o agronegócio, responsável por boa parte do PIB brasileiro, tirando os pequenoes e grandes produtores de suas terras e pegando seu gado. Enquanto os verdadeiros donos da Amazônia estiverem sendo agradados, o resto que se exploda. Viver de mentiras. De números inventados. De narrativas. O importante é agradar quem manda. O resto que se dane!

Aqui não tem moleza para os criminosos: polícia caça bandidos que ameaçam autoridades

A coletividade fica menos tensa, com menos medo, quando vê as autoridades combaterem o crime com força e com resultados práticos. A bandidagem, que já domina setores da sociedade, graças ao beneplácito de leis pífias que a protegem, torna-se cada vez mais ousada. Por aqui, contudo, estão se dando mal. A reação das forças policiais, tanto nas cidades quanto no campo, tem sido forte e exemplar. Nesta semana, mais uma vitória da polícia sobre o crime. Depois de longa e competente investigação, forças policiais de Rondônia, unidas às do Paraná e do Mato Grosso, começaram a desarticular uma facção criminosa que vivia (pasmem!) ameaçando autoridades, inclusive membros das nossas polícias. Imaginando que por aqui se dariam bem, como se dão em Estados onde a polícia é até proibida de agir (como no Rio de Janeiro, onde um ministro do STF não deixa policiais entrarem nas favelas, a não ser que avisem com antecedência a operação que vão realizar, o que é realmente ridículo) os criminosos abriram a guarda. Foi aí que a polícia entrou.

Segundo o site Rondoniagora, “A Polícia Civil de Rondônia deflagrou, a Operação Titã, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa responsável por ameaças sistemáticas a autoridades públicas, especialmente integrantes das forças de segurança e do sistema de justiça. A ação foi coordenada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO 1) e pela Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD), com apoio de diversas instituições estaduais e interestaduais”. Os resultados da operação serão divulgados em breve.

Marcelo Cruz, Zequinha, Alan, Carlos Magno e Pacele se destacam em pesquisa para 2026

Pesquisas para a Assembleia Legislativa têm poucas chances de dar alguma certeza, mas os políticos que nela aparecem, sempre dizem que elas estão certas. Dependendo da região onde se concentram os pesquisadores, tudo pode mudar, porque não é uma eleição que depende de votos de todo o Estado e um nome que não aparece agora, lá na sua região arrebenta. Mas, nesta recente, do Data Continental Pesquisa, ainda pouco conhecido, garante que os números dão um retrato exato de hoje. Na pesquisa, o grande destaque é o ex-presidente da Assembleia, o deputado Marcelo Cruz. Zequinha Araújo, que pode voltar a disputar uma eleição ficou em segundo e Alan Queiroz em terceiro. São políticos realmente com bastante força, mas o trio a tem principalmente na Capital. Dezenas de outros nomes já bastante conhecidos da política e outros nem tanto, também aparecem. As lideranças regionais (Alex Redano, por exemplo, em Ariquemes e cidades próximas) e Ismael Crispim (na região central do Estado), além de Laerte Gomes, fortíssimo na região de Ji-Paraná, estão distantes dos líderes, nesta pesquisa.

Nomes como o ex-deputado e atual secretário adjunto da Casa Civil do Governo, Carlos Magno e do vereador mais votado em Porto Velho, Márcio Pacele, também se destacaram. A partir de agora, se verá muitas pesquisas, tanto na Capital quanto no interior. Elas darão um retrato reduzido do quadro estadual, exatamente por não atentarem à regionalização. Mas, são sempre indícios da situação do  momento, onde são realizadas. Quem está na frente não quer saber de muitos detalhes. Basta estar entre os primeiros. E assim segue a vida na política rondoniense. A eleição de 2026 está logo ali.

Perguntinhas

Você também observou que o maior crime do século, superior a todos, a roubalheira do dinheiro dos velhinhos aposentados, praticamente sumiu da grande mídia e que, não fosse a Internet, o assunto seria substituído pelo noticiário da Seleção Brasileira e as festas juninas país afora? Dá para entender porque querem censurar as redes sociais?

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