RO, Quarta-feira, 22 de janeiro de 2025, às 14:28




O filme ‘Ainda Estou Aqui’ e o prêmio conquistado por Fernanda Torres – Por José Maria Ortiz*

O filme “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, conta a história trágica acontecida com Rubens Paiva, ex-deputado federal, o qual foi retirado brutalmente de sua própria casa, preso, na época da Ditadura Militar. Nunca mais retornou. Nunca mais foi visto. Sua esposa, dona Eunice Paiva, encarou altivamente os carrascos do esposo, o fazendo com sabedoria, bravura e o destemor de uma grande mulher. Mãe dedicada, ensinou os filhos a lutarem ao lado dela na busca do pai. Em razão dessa luta, o desaparecimento de Rubens Paiva foi definitivamente esclarecido, fato que acabou se sucedendo muitos anos depois. Membros da Ditatura Militar o haviam matado, em seus porões.

No filme, Fernanda Torres interpretou dona Eunice, a esposa de Rubens Paiva. Pela brilhante interpretação, ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cinema de Cannes, o segundo maior festival de cinema do mundo. O prêmio é um marco para o Brasil, e sua vitória nos dá ânimo para seguirmos na luta em favor da Democracia. O Brasil é um país vibrante, de grandes talentos. Digo sempre que se quisermos evitar o mal, não podemos olvidar o passado. A Ditadura que se instalou no Brasil de 64 a 85 deixou um rastro de perseguições, de brutalidade, sandice e morte. Nesse tenebroso período, muitos filhos ficaram sem pais, outros tantos foram obrigados a assistirem sessões de torturas, muitas delas contra os próprios familiares. Foi um período de terror. Ou seja, enquanto a Nação dormia, às soturnas horas da noite os carrascos apunhalavam covardemente às pessoas de bem. É por isso que a Ditadura de 64 não pode ser esquecida, e o filme de Walter Salles ajuda muito nessa missão.

Temos que nos lembrar sempre que qualquer ditadura, seja ela de direita ou de esquerda, é uma coisa ruim, odiosa. Essa inquestionável verdade jamais pode ser esquecida, principalmente por aqueles mais jovens. O Brasil somos todos nós. Nele ninguém é melhor do que ninguém. Apesar de nova, temos uma Democracia pujante, altiva, e que por isso mesmo precisa ser protegida e respeitada. Lutar para que os seus alicerçes nunca sofram qualquer abalo constitue compromisso inabalável do povo brasileiro. Afinal, esse patrimônio é nosso, e vem sendo construído a duras penas. Minha visão sobre o futuro é otimista, pois sou um homem do bem.

Defendo o entendimento de que toda crítica, no campo da liberdade de expressão, deve realmente ser tolerada e respeitada, desde que seja ela feita com honestidade, sem incitação ao ódio, e quando em harmonia às regras legais estabelecidas. Para mim, dizer não à mentira, é o passo mais importante em direção à harmonia, pois tenho que nada é melhor à paz social do que a preservação desse grande atributo: A verdade. Lembremo-nos disso. Que Deus ilumine a nossa querida Pátria!!

Por José Maria Ortiz, poeta rondoniense.


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