RO, Quinta-feira, 02 de maio de 2024, às 23:40



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O festejado Thiago Tezzari, da Emdur, está no centro da nova ‘barbeiragem’ da Prefeitura para resolver o transporte coletivo

PORTO VELHO – A atual administração de Porto Velho entrará para a história como aquela que passou quatro anos para resolver um problema criado na gestão anterior e não deu conta de resolver o problema. Trata-se da questão do serviço de transporte coletivo, que começou a ser desmontado na gestão do então prefeito Mauro Nazif, aquele que deixou como herança mais problemas que soluções. Pois bem, pela denúncia protocolada no Ministério Público nesta terça-feira, parece que o ex-promotor de Justiça Hildon Chaves resolveu resolver a questão usando meios nada ortodoxo. E para isso teria usado o até então celebrado como competente presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano (Endur), Thiago Tezzari, que se notabilizou pelos avanços na iluminação pública.

Presidente da Emdur nomeado como superintendente interino da Superintendência Municipal de Licitações, Thiago Tezzari está no centro da nova confusão no transporte coletivo

A reportagem do expressaorondonia tentou, sem sucesso, contato com Thiago Tezzari, que foi nomeado pelo prefeito para assumir interinamente como Superintendente Municipal de Licitações, em substituição a Patrícia Damico do Nascimento Cruz. Patrícia havia inabilitada a única empresa que se apresentou nas duas oportunidades em que o edital foi aberto.

Thiago assumiu e, de pronto, declarou a empresa como habilitada a prosseguir na licitação, apesar das denúncias contra ela.

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Eis a íntegra da matéria/denúncia veiculada pelo blodopainelpolítico:

Na última terça-feira, 11, foi protocolado no Ministério Público do Estado uma denúncia contra suposta fraude no processo licitatório da prefeitura de Porto Velho, referente a contratação de empresas para transporte público. Foram denunciados servidores da prefeitura, a empresa JTP Transportes, Serviços, Gerenciamento e Recursos Humanos Ltda, além de um escritório de advocacia de São Paulo.

Em síntese, os denunciantes alegam que em novembro de 2019 foi publicado Edital de Concorrência Pública nº. 001/2019/CPL-Geral/SML/PVH, para concessão do serviço público de transporte coletivo urbano de passageiros no município de Porto Velho, incluindo a gestão dos sistemas organizacionais, a prestação dos serviços envolvidos e o atendimento aos usuários. A data prevista para recebimento das propostas era 2 de dezembro de 2019.

No dia estabelecido, estranhamente apenas uma licitante compareceu: a empresa JTP Transportes, Serviços, Gerenciamento e Recursos Humanos Ltda. Ela foi inabilitada porque apresentou documentos contábeis cuja inconsistência material era evidente. O resultado publicado em 9 de dezembro, marcou nova data para recebimento de propostas uma que vez não foi acatado recurso administrativo da JTP.

Em 10 de janeiro de 2020 houve a reabertura da Sessão Pública da Concorrência Pública, quando novamente compareceu somente a empresa denunciada, apresentando os mesmos documentos que induziram sua inabilitação em 9 de dezembro de 2019. De acordo com a denúncia, aqui inicia-se a gerência administrativa para direcionamento do certame. É que a empresa novamente foi inabilitada, agora com suporte de Parecer Técnico Contábil do próprio município, induzindo, inclusive, à suposta manipulação de dados contábeis.

Em 4 de fevereiro a empresa entrou com recurso administrativo, que os membros da Comissão Permanente de Licitação julgaram improcedente, encaminhando à autoridade hierárquica superior para análise devolutiva.

Surpreendentemente, em 6 de fevereiro de 2020, assume interinamente a Superintendência Municipal de Licitações outro servidor da Prefeitura, e contrapondo todas as expectativas deu provimento ao recurso administrativo da empresa denunciada, já duas vezes inabilitada do mesmo certame, revogando todos as decisões da comissão permanente de licitação e já declarando habilitada a empresa JTP Transportes.

A JTP já está sendo investigada em uma licitação do Município de Bragança Paulista/SP, por suposta fraude no balanço patrimonial. Caso o MP confirme a denúncia, o certame deverá cancelado, a empresa pode responder por fraude em licitação e os servidores envolvidos por improbidade administrativa poderão perder a função pública.






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