RO, Sábado, 04 de maio de 2024, às 12:06



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“Não esqueça do que combinamos”, avisa Bolsonaro a Ivo Cassol, que chega para dividir ainda mais o bolsonarismo local

PORTO VELHO – E agora, Bolsonaro? A disputa pela paternidade e bênçãos do presidente da República nas candidaturas ao Governo de Rondônia aumenta ainda mais, com a entrada do ex-governador Ivo Cassol no páreo. Essa paternidade era disputada até então pelos dois Marcos, o Rocha, coronel da Polícia Militar e, segundo ele, amigo de Bolsonaro desde os tempos de academia militar no Rio de Janeiro; e o Rogério, senador que deu a cara à tapa durante a CPI que engendraram durante a pandemia com o único propósito de derrubar o Governo.

Agora com a chegada de Ivo Cassol, do Partido Progressista (PP), os votos bolsonaristas passam a ser ainda mais disputados em Rondônia.

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E a proximidade e alinhamento com o presidente da República também.

De certa forma, Ivo Cassol realmente está no arco de apoio ao presidente da República e, segundo informações de bastidores tem (não muito frequente) interlocução com Bolsonaro, tem a irmão deputada federal Jaqueline Cassol nas fileiras do PP, partido ao qual Bolsonaro foi filiado durante boa parte de sua longa carreira política e que atualmente está no centro do poder, ocupando a pasta da Casa Civil da Presidência da República.

Dor de cabeça na campanha, portanto, para Marcos Rogério e Marcos Rocha.

O governador Marcos Rocha sempre confessa que entrou na disputa, em 2018, apenas para atender pedido do então candidato presidencial.

Já Marcos Rogério observou o ambiente no Senado, fez os cálculos e, quando Bolsonaro estava fragilizado na CPI da Covid, surgiu como o personagem que se tornou um dos políticos preferidos do Presidente e se tornou personagem nacional por sua fidelidade canina ao Governo, lutando praticamente sozinho contra poderosos políticos da oposição ferrenha.

Antes dos dois, Bolsonaro já conhecia Ivo Cassol. Ambos se conheceram quando o atual Presidente ainda era deputado e Ivo o governador de Rondônia.

No Senado, Cassol sempre foi parceiro do governo, até perder o mandato. Mas a amizade e a proximidade do ideário político se mantiveram. Quando veio inaugurar a ponte sobre o rio Madeira, na Ponta do Abunã, em maio do ano passado, Bolsonaro chamou Cassol para seu lado e ambos tiveram uma longa conversa. Na volta para Brasília, a deputada federal Jaqueline Cassol foi convidada para retornar no avião presidencial.

Num vídeo gravado, Bolsonaro mandou recado a Cassol: “não esqueça do que combinamos!”, embora a combinação nunca tenha sido trazida a público. E agora? Como o Presidente vai se portar, ante uma eleição com tantos amigos e aliados? Por enquanto, ele diz que só se pronunciará num segundo turno. E se forem os finalistas, dois dos seus parceiros mais próximos?

www.expressaorondonia.com.br, com informações do blog opiniaodeprimeira






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