GUAJARÁ-MIRIM – Poucos dias antes das comemorações do Dia do Índio, a deputada Doutora Taíssa Sousa, representante da região de Guajará Mirim na Assembleia Legislativa, fez um vigoroso discurso, denunciando que pelo menos 2.500 indígenas que vivem na sua região, estão passando fome e, mais ainda, não têm água potável para beber. “As cheias deste ano cobriram os poços amazônicos utilizados pelas aldeias e já há muitos casos de crianças famintas e, ainda, com quadro de febre, por estarem consumindo água contaminada”, denuncia a deputada.

As doenças, a fome e a sede rondam as aldeias.

Taíssa já comunicou o problema às chamadas “autoridades competentes”, mas pediu também o apoio dos demais parlamentares para que se envolvam na busca de soluções. Foi além: exortou as ONGs que atuam naquela região a agirem, em defesa dos indígenas, neste momento dramático que assola as aldeias.

“As ONGs, aliás, vivem discursando em defesa dos índios, mas nestas horas de desespero, não se sabe o que elas estão fazendo e onde estão”.

O comentário, é claro, não foi feito pela deputada, mas o questionamento deste blog opiniaodeprimeira é válido, na medida em que, daqui a alguns dias, nas comemorações do Dia do Índio, os efusivos discursos sairão das mesmas bocas que, na vida real, ignoram a verdadeira situação das tribos e etnias, mas muitas vezes as usam em defesa de suas teorias ideológicas.

Apenas com seu discurso de alerta, da tribuna da Assembleia, a deputada Doutora Taíssa já fez mais em defesa dos índios da sua região, do que os que deveriam estar dando apoios reais e concretos, mas só lembram deles, mesmo, na hora das homenagens vazias do 19 de abril.

Com informações do blog opiniaodeprimeira

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