RIO DE JANEIRO – O Brics, grupo formado originalmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, divulgou neste domingo, 6, sua declaração final, já no primeiro dia da XVII Cúpula no Rio de Janeiro. Partes da declaração já haviam sido antecipadas pela CNN.
Os líderes mostraram preocupação com a retomada de ataques contínuos de Israel contra Gaza e da obstrução à entrada de ajuda humanitária no território, pedindo por negociações entre as partes para alcançar um cessar-fogo imediato.
“Exortamos as partes a se engajarem, de boa-fé, em novas negociações com vistas à obtenção de um cessar-fogo imediato, permanente e incondicional; à retirada completa das forças israelenses da Faixa de Gaza e de todas as demais partes do Território Palestino Ocupado; à libertação de todos os reféns e detidos em violação ao direito internacional; e ao acesso e entrega sustentados e desimpedidos da ajuda humanitária”.
Na declaração, os líderes ainda reforçam que “a Faixa de Gaza é parte inseparável do Território Palestino Ocupado”, defendendo a criação de um Estado independente da Palestina.
“Recordamos que a Faixa de Gaza é parte inseparável do Território Palestino Ocupado. Salientamos, a este respeito, a importância de unificar a Cisjordânia e a Faixa de Gaza sob a Autoridade Palestina e reafirmamos o direito do povo palestino à autodeterminação, incluindo o direito a um Estado independente da Palestina”, escreveram.
Durante sessão plenária “Paz e Segurança e Reforma da Governança Global” do Brics neste domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também defendeu a criação de estado palestino como solução para conflito no Oriente Médio.
As citações a Gaza são muitas, à medida que os líderes pouco mencionam os ataques da Rússia à Ucrânia e condenam os ataques nas regiões da Federação Russa, que deixaram diversas vítimas civis, incluindo crianças.
“Condenamos nos termos mais fortes os ataques contra pontes e infraestrutura ferroviária que visaram deliberadamente civis nas regiões de Bryansk, Kursk e Voronezh, na Federação Russa, em 31 de maio e 1º e 5 de junho de 2025, resultando em várias vítimas civis, incluindo crianças”.
Por: Marien Ramos, da CNN
Fonte: CNN Brasil