PORTO VELHO – A negativa de problemas existentes e latentes – a famosa tentativa de tapar o sol com a peneira – de sucessivos governos em relação a falta de estrutura no atendimento da Saúde pública pode explicar em parte situações como a que ocorre especialmente no pronto socorro João Paulo 2º, em Porto Velho, mas, de resto, em toda a rede pública do Estado.
Essa realidade tem vindo à tona com maior frequência desde que agentes do Ministério Público e do Tribunal de Contas, atuando independentemente, passaram a fazer blitz em hospitais e, Upas e postos de saúde. Não se tem notícia de que o Conselho Regional de Medicina atuem nestas fiscalizações.
Esta semana, o Ministério Público (MPRO) emitiu recomendação à secretaria estadual da Saúde (Sesau), orientando a adoção e cobra providências para a ampliação da capacidade de atendimento na rede estadual em situações de urgência e emergência. O foco desta recomendação deve ser a prática de deixar pacientes sentados em cadeiras ou mesmo deitados em corredores de hospitais públicos.
A notificação recomendatória foi expedida pelo promotor de Justiça da Saúde, Leandro da Costa Gandolfo, com base em relatórios das vistorias realizadas no João Paulo II, em Porto Velho, em que foi constatado o cenário de superlotação e insuficiência de leitos.
No documento, o promotor cita o aumento na demanda por atendimentos de urgência e emergência e a limitação na estrutura física das instalações da unidade hospitalar para absorver adequadamente o volume de pacientes.
Mencionou, ainda, a longa espera de pacientes em unidades municipais por leitos no hospital João Paulo II; a retenção de ambulâncias nas dependências do hospital, uma vez que os pacientes precisam permanecer nas macas dos veículos devido à insuficiência de leitos; além do cenário de sobrecarga no atendimento a casos de urgência e emergência em todo o estado.
Na recomendação, o MPRO concedeu o prazo de 60 dias para que a Sesau se manifeste acerca das providências implementadas, sob pena de adoção das medidas cabíveis.
Fonte: www.expressaorondonia.com.br, com informações da gerência de comunicação integrada (GCI-MPRO)