RO, Domingo, 19 de maio de 2024, às 17:23



RO, Domingo, 19 de maio de 2024, às 17:23


Ministério Público põe em pratica direitos humanos para as vítimas de crimes e treina para acolhimento humanizado

É preciso que o Estado se aproxime dessas pessoas para se fazer respeitado, se fazer presente.” explica o promotor de Justiça e coordenador do Navit, André Almeida

PORTO VELHO – Parece que aquela velha – e carregada de sentido – reclamação da sociedade de que os ativistas dos direitos humanos não olham para as vítimas, mas sempre para o criminoso, começa a ganhar outro sentido, a partir da atuação do Ministério Público de Rondônia. Uma oficina realizada nesta segunda e terça-feira treina cerca de 100 servidores da instituição para atendimento humanizado às vítimas de crimes.  

“A vítima, por vezes, é abandonada após a lavratura do auto de prisão em flagrante, enquanto o infrator (criminoso) é levado para uma audiência de custódia e terá um contato direto com o juiz, com o promotor, com o defensor. A vítima, às vezes, não sabe nem para onde vai, depois de ter sua casa revirada ou ter perdido um familiar. É preciso que o Estado se aproxime dessas pessoas para se fazer respeitado, se fazer presente.” explica o promotor de Justiça e coordenador do Navit, André Almeida.

fachada do edifício-sede do Ministério Público de Rondônia em Porto Velho

A oficina acontece na Escola Superior do Ministério Público de Rondônia (Empro), em parceria com o Núcleo de Atendimento às Vítimas (Navit), com “Workshop sobre os efeitos traumáticos às vítimas de violência e seus desdobramentos para sua escuta e acolhimento”. O evento começou na segunda-feira, 26, na modalidade telepresencial.

- Advertisement -



Neste primeiro momento, quase 100 servidores do MP são capacitados diretamente pela oficina para uma escuta e acolhimento humanizados. A programação continua nesta terça-feira, 27, na parte da tarde.

O objetivo da oficina é aperfeiçoar o atendimento às vítimas de crimes e seus familiares no âmbito do MPRO, com base em uma comunicação não violenta, buscando proporcionar um ambiente seguro e acolhedor para aqueles que precisam de apoio. A oficina abordou os efeitos traumáticos sofridos pelas pessoas que passaram por situações de violência, assim como os efeitos disso para sua escuta e acolhimento.

“A vítima, por vezes, é abandonada após a lavratura do auto de prisão em flagrante, enquanto o réu é levado para uma audiência de custódia, e terá um contato direto com o juiz, com o promotor, com o defensor. A vítima, às vezes, não sabe nem para onde vai, depois de ter sua casa revirada ou ter perdido um familiar. É preciso que o Estado se aproxime dessas pessoas para se fazer respeitado, se fazer presente.” explica o promotor de Justiça e coordenador do Navit, André Almeida.

A palestra foi ministrada pela Dra. Arielle Sagrillo Scarpati, mestre em psicologia social pela Universidade Federal do Espírito Santo; doutora em psicologia forense pela University of Kent e pós-doutora Jr. pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Fonte: com informações da gerência de comunicação integrada (GCI MPRO)






Outros destaques


+ NOTÍCIAS