Carles Puigdemont, membro da Comissão do Parlamento Europeu, estuda o caso Pegasus na Polônia e na Hungria. Fugitivo da justiça poderia pedir para vir à Espanha com imunidade para pedir explicações à justiça. Este é o principal assunto na capa da edição desta quinta-feira, 28, do jornal ABC de Madri.
Puigdemont preparou cuidadosamente desde Bruxelas a campanha que veio a ser chamada de “Catalangate” sobre as escutas telefônicas supostamente ilegais a que teriam sido submetidas os líderes da independência e que poderiam ter consequências imprevisíveis contra os interesses espanhóis.
Segundo fontes respeitáveis, o foragido da justiça e agora deputado do PE planejou em detalhe o vazamento do relatório preparado no Canadá sobre o uso do software israelense Pegasus na Espanha para coincidir com o anúncio da criação de uma comissão de investigação sobre as escutas – em este caso claramente ilegal – que os governos da Polónia e da Hungria lançaram contra jornalistas e opositores.
Desta forma, ele não só conseguiu fazer parte da comissão de investigação, mas o faz como suposta vítima, o que abre as portas para que ele possa vir à Espanha como membro dela, protegido pela imunidade da Câmara, apesar de ter perdido a sua, enquanto deputado ao Parlamento Europeu. [Pela transcrição: Montezuma Cruz].