RO, Quinta-feira, 02 de maio de 2024, às 9:12



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MDB apresenta Euma Tourinho. Será que vai repetir a mesma humilhação imposta a Waltemberg em 2020?

Será que a doutora Euma Tourinho - que ainda não teria dado seu sim definitivo - vai se submeter a mesma humilhação sofrida pelo seu professor e amigo?

PORTO VELHO – Um dos partidos ainda de maior grandeza no Brasil, o MDB de Porto Velho fecha o período da janela da infidelidade dentro da fidelidade(?) partidária da mesma maneira como se comporta habitualmente: nada decidido. E este ano, os dirigentes da sigla preparam o mesmo roteiro da jornada das eleições de 2020, quando jurou de pé juntos e joelhos ao chão que se o desembargador Walter Waltebemberg – então presidente do Tribunal de Justiça e em vias de se aposentar – se filiasse ao partido seria o candidato a prefeito de Porto Velho, uma espécie de outsider político para enfrentar o ainda indeciso prefeito Hildon Chaves, que dizia não saber se iria disputar a eleição, estimulou candidatura e, ao final, entrou na disputa e ‘jantou a paca’, como se diz nas rodadas de bozó no Areal.

Será que a doutora Euma Tourinho – que ainda não teria dado seu sim definitivo – vai se submeter a mesma humilhação sofrida pelo seu professor e amigo?

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Numa cerimônia rápida, na sede do partido, na tarde desta sexta-feira, marcada principalmente por uma coletiva à imprensa, a juíza aposentada Euma Tourinho assinou sua ficha de adesão ao MDB e, ao mesmo tempo, foi confirmada como a representante do partido para concorrer à Prefeitura de Porto Velho, em outubro próximo. O encontro foi comandado pelo presidente do diretório municipal, Williames Pimentel, que fez uma rápida apresentação da candidata, com o entusiasmo que caracteriza seus pronunciamentos, ainda mais quando fala sobre seu partido e seus companheiros do MDB.

Uma observação anotada pela reportagem deste www.expressaorondonia.com.br é que nas fotos e na entrevista coletiva da doutora Euma não estava ao lado dela nenhum dos caciques estadual do partido, deputado federal ou senador, o que é estranho para uma disputa de um colégio eleitoral importante como Porto Velho.

Euma apresentou-se como pré-candidata, usando a linguagem determinada pela lei eleitoral, mas que, além dos concorrentes, ninguém usa.  Ao responder perguntas dos jornalistas, a agora ex-juíza e ex-presidente da Associação dos Magistrados de Rondônia, função que deixou há poucos dias, falou sobre família (estava acompanhada do seu pai, Euro Filho, emedebista desde 1999, ou seja, há 25 anos); destacou seu amor por sua cidade e falou sobre progresso, desenvolvimento, combate às desigualdades, respeito às minorias e outros temas que fazem parte das preocupações de alguém que sonha em comandar sua terra natal e melhorá-la.

Criticou a divisão radical que está ocorrendo na nossa política e elogiou o MDB, por ser um partido preocupado com a união e não com extremismos. Ainda não se sabe como será a performance de Euma Tourinho e nem sobre suas chances reais na disputa em que ingressa agora, mas se pode dizer, com toda a segurança, que a entrada dela no jogo da sucessão mexeu com o tabuleiro que já estava postado.

É um nome novo, respeitado e com boas ideias, colocado pelo MDB como opção muito viável ao eleitorado da maior cidade de Rondônia.

Nos bastidores da política, no entanto, o entendimento é o de que o partido que ficou sem seu principal nome à disputa, Williames Pimentel, que está em um cargo no Governo Federal e não daqueles de trocar o certo pelo duvidoso, quer mesmo é marcar posição, lançando o nome de Euma Tourinho, mas, no fundo, aceitaria até mesmo indicá-la como candidata a vice na chapa liderada pela ex-deputado Mariana Carvalho, que assinou ficha no União Brasil.

E não última eleição, o MDB apoiou o União Brasil, lembra-se?

Alías, apesar de sua grandeza e organização, o MDB paradoxalmente não tem conseguido atrair nomes de peso para a disputa municipal deste ano. Aqui em Porto Velho, por exemplo, o partido tentou atrair várias lideranças já consolidada, com o presidente da Assembleia, Marcelo Cruz e o deputado Alan Queiroz, mas, por algum motivo, não foi convincente o suficiente.

Nas principais cidades de Rondônia, até mesmo onde o partidos já foi muito forte e teve algumas administrações – caso de Ariquemes, Cacoal, Ji-Paraná, e Rolim de Moura – não se tem notícias de nomes fortes da legenda se credenciando para a disputa deste ano.

Em Ariquemes, por sinal, o MDB perde seu representante na Câmara Federal, deputado Tiago Flores, que teria anunciado sua ida para ao Republicanos de seus amigos Alex e Carla Redano, atual prefeita da cidade.

Será que o MDB sairá menor das eleições 2024?

www.expressaorondonia.com.br, com informações do blog opiniaodeprimeira






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