RO, Sexta-feira, 03 de maio de 2024, às 14:21



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Marido que armou emboscada para assassinar a esposa e os 2 executores são condenados a mais de 60 anos de cadeia

O crime foi cometido em um contexto de violência doméstica e familiar, sem chance de defesa da vítima, com a agravante de dissimulação do acusado, demonstrou a acusação do Ministério Público

PORTO VELHO – Três homens envolvidos em um feminicídio, ocorrido em 11 de setembro de 2021, na Vila da Penha, distrito de Abunã, Porto Velho, foram a júri popular nessa quinta-feira, 22, no 1º Tribunal do Júri da capital. Laci Rigotti, acusado de mandar matar a mulher, Siméria Felício; José Sinis Figueiredo, o Zezinho; e Norival Retameiro de Souza Filho, o Neném, acusados de executarem a vítima mediante contrato firmado com o marido, foram condenados pelos jurados. Laci, o marido mandante do assassinato, pegou uma pena de 22 anos e 6 meses de cadeia. Já os executores, Zezinho, foi condenado a 20 anos, e Neném, a 18 anos de reclusão.

Siméria foi morta com três tiros durante uma emboscada em um matagal na propriedade do casal. O próprio marido a teria levado para o local, com a desculpa que queria fazer xixi, para que os empregados, mediante promessa de recompensa financeira, a matassem. A vítima morreu com três tiros na cabeça, o que, segundo argumentou o Ministério Público, demonstrou a clara intenção de executá-la.

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Outro aspecto que teria levado a polícia a chegar até os acusados foi o fato do marido ter agido com frieza, conforme demonstraram os relatos de testemunhas, ao informar um suposto latrocínio.

A motivação de Laci seria torpe, pois não queria dividir os bens com a companheira. O crime, portanto, teria sido cometido em um contexto de violência doméstica e familiar, sem chance de defesa da vítima, com a agravante de dissimulação do acusado.

O júri foi presidido pelo juiz Áureo Virgílio Queiroz e na acusação, atuou a promotora Tâmera Padoin Marques Marin e os advogados assistentes Rooger Rodrigues e Vinicius Novaes de Aguiar.

Na defesa dos acusados atuaram os advogados Marcos Antônio Vilela de Carvalho, Harlei Nobre de Souza, Francisco Sábio Araújo de Figueiredo, José Maria de Souza Rodrigues e Caio Nobre Vilela.

Assessoria de Comunicação Institucional TJRO






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