Cinco dias após um novo aniversário da morte de Rafael Nahuel – ocorrida nas margens do Lago Mascardi, em 2017 – Elías Garay, outro jovem mapuche foi assassinado e outro ficou gravemente ferido.
Segundo noticiou hoje, 22, o jornal Página/12, esse novo episódio de violência “faz parte desta trágica série histórica e ajusta a mordaça tentando silenciar as comunidades indígenas da Patagônia que buscam recuperar seus territórios de origem”.
“O ataque deste domingo ocorreu em El Bolsón, quando dois homens armados, vestidos com roupas civis, entraram na propriedade Cuesta del Ternero. Lá, a comunidade Mapuche Quemquemtrew apoia um assentamento destinado a recuperar um território ancestral.
“Desde 18 de setembro, eles reivindicam a recuperação de um lugar chamado Tapera de los Álamos, 90 quilômetros ao sul de Bariloche. Lá está o assentamento, sitiado há 52 dias pela polícia provincial. E 48 horas atrás, um acampamento humanitário foi montado perto da delegacia de polícia Cuesta del Ternero.
“Mas só hoje acontece isso, quando a polícia continua cercando o território recuperado e ninguém pode entrar, nem com comida nem com abrigo. Que duas pessoas armadas tenham aparecido não tem explicação ”, argumenta Orlando Carriqueo, líder da Coordinadora Mapuche Tehuelche.
[Montezuma Cruz]
