PORTO VELHO – Uma análise de letras conteúdo e forma do estilo musical conhecido com rap em vários países será oferecida na Universidade Federal de Rondônia (Unir). A disciplina “estratégias de comunicação da música RAP” terá aulas todas às quintas-feiras, a partir das 19h. As matrículas ocorrerão desta terça-feira, 6 até a próxima sexta-feira, 9.
A disciplina não visa ensinar os alunos a se tornarem artistas ou mesmo produzirem suas primeiras músicas rap. O foco é no conteúdo das letras de artistas de países de língua oficial portuguesa. O objetivo da disciplina é analisar o conteúdo das músicas de rap e discutir sobre as estratégias de comunicação apresentadas pelos artistas, para que as suas mensagens sejam compreendidas e difundidas.
Qualquer estudante da Unir pode se matricular na disciplina, que pode ser encontrada no Sigaa pelo código DAB01034 ou pelo nome fantasia “tópicos especiais em jornalismo II”. Trata-se de uma disciplina optativa, com carga horária de 80h.
As perguntas serão em torno de como o rap pode servir para refletir sobre as discussões políticas presentes em diferentes países. As perguntas girarão em torno de temas como o combate ao racismo, a globalização, o colonialismo, o racismo, a valorização de línguas não-hegemônicas e o resgate de bens culturais locais, entre outros assuntos.
Nas avaliações, os estudantes serão estimulados a realizar produções comunicacionais e científicas sobre o gênero rap, bem como irão participar da organização de um evento, que celebrará o encerramento da disciplina.
O professor da disciplina é Carlos Guerra Júnior, que realizou mestrado e doutorado sobre rap na Universidade de Coimbra, em Portugal. Na tese de doutorado, o professor realizou análise de discurso de letras de artistas de Angola, Brasil, Moçambique e Portugal. Atualmente, ele também lidera o projeto Barras Maning Arretadas. Esse projeto já realizou lives, eventos, podcasts e lançamento de músicas com artistas de mais de 20 países.
O professor ainda palestrou e organizou eventos sobre rap em universidades de Portugal, França, Bélgica, Espanha, Moçambique além de renomadas universidades brasileiras, como Unicamp, USP e UnB.
Devido a essa experiência do docente, as discussões serão em torno de músicas de artistas de países que passaram pelo mesmo eixo colonial, nomeadamente Angola, Brasil, Cabo Verde, Portugal, São Tomé e Príncipe Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial e Moçambique. Cada aula ganhou como título um trecho de letra de um artista e uma pergunta que irá estimular o debate.
Fonte: Coordenação de radiojornalismo do curso de jornalismo da Unir