Em um desenvolvimento significativo no conflito entre Israel e Hamas, três reféns israelenses – Or Levy, Eli Sharabi e Ohad Ben Ami – finalmente retornaram à liberdade após 491 dias de cativeiro. A libertação fez parte de uma complexa negociação que resultou também na soltura de 183 prisioneiros palestinos.
A cerimônia de libertação aconteceu em Deir al-Balah, Gaza, onde os reféns foram vistos em condições humilhantes, demonstrando visível perda de peso e claros sinais de trauma. Sob a vigilância dos terroristas do Hamas, identificados por suas características faixas verdes estilo ninja, os reféns foram obrigados a fazer pronunciamentos públicos antes de serem transportados para Ramallah, onde suas famílias os aguardavam.
A negociação envolveu uma troca expressiva: enquanto três israelenses foram libertados, 183 palestinos também obtiveram sua liberdade, incluindo:
– 18 que cumpriam prisão perpétua
– 54 com sentenças prolongadas
– 111 detidos após os eventos de outubro de 2023
O reencontro foi marcado por emoções intensas e preocupação com o estado dos ex-reféns. Michal Cohen, familiar de Ohad Ben Ami, expressou profunda preocupação com sua condição física e mental. Tal Levy, ao ver seu irmão Or, manifestou sua angústia diante do visível sofrimento enfrentado durante o cativeiro.
O episódio gerou fortes reações políticas. O presidente israelense Isaac Herzog classificou a situação como um “espetáculo cínico e cruel”, enquanto o primeiro-ministro Netanyahu prometeu respostas às ações do Hamas. O conflito já resultou em mais de 1.500 mortes israelenses e, segundo estimativas, aproximadamente 47 mil vítimas palestinas em Gaza.
As negociações continuam tensas, com o Hamas condicionando a libertação de mais reféns ao fim do conflito. Enquanto isso, encontros diplomáticos em Teerã, incluindo representantes do Hamas com o aiatolá Ali Khamenei, sugerem que o caminho para a paz ainda enfrenta desafios significativos.
A libertação destes três reféns, embora represente um avanço, também evidencia a complexidade do conflito e suas profundas implicações humanitárias para ambos os lados envolvidos.