RO, Quarta-feira, 22 de janeiro de 2025, às 13:41




Léo Moraes ‘casou-se’ com o compromisso de dar fim às alagações. Ou será vítima da mesma maldição, daqui a quatro anos

O prefeito Léo Moraes tem pelo menos três desafios mais urgentes a enfrentar logo que assumir a prefeitura da capital no dia primeiro de janeiro vindouro

Carlos Araújo

PORTO VELHO – Ao aproveitar espertamente os efeitos da chuva que caiu em Porto Velho, na noite/madrugada de 26 para 27 de outubro, alagando várias ruas da cidade, o então candidato a prefeito de Porto Velho, Léo Moraes, caiu em uma armadilha política: aproveitou de forma inteligente o presente que São Pedro lhe dera para jogar a ‘par de cal’ na candidatura de sua concorrente, Mariana Carvalho, mas casou-se com a responsabilidade de resolver o problema. Ou então, será vítima da mesma maldição daqui a quatro anos, quando tentará buscar a reeleição.

A ‘sacada’ política funcionou e Léo ganhou a eleição.

Mas, involuntariamente, fez um casamento com o compromisso de combater esse problema alvo de promessa de vários prefeitos, mas que continuam a atormentar a vida da população mesmo numa rápida chuva que cai sobre a capital.

Assim, uma esperteza política que funcionou muito bem também pode ser seu ‘calcanhar de Aquiles’ nos próximos quatro anos e, sobretudo, no último ano de sua administração, caso ele não solucione o problema.

Em condições normais a prioridade número um do prefeito deveria estar focada na melhoria do atendimento à saúde e na construção de um hospital para o município.

No entanto, um lance de esperteza política também colocou o prefeito eleito em aliança com o compromisso de dar fim às alagações

Este lance, mostra o quanto a política é interessante a política.

O mesmo fenômeno utilizado por Léo para liquidar sua concorrente pode ser o seu ponto fraco durante o seu mandato e um obstáculo severo à sua reeleição

Esse expressaorondonia.com.br entende, no entanto, que o prefeito Léo Moraes tem pelo menos três desafios mais urgentes a enfrentar logo que assumir a prefeitura da capital no dia primeiro de janeiro vindouro.

São eles a melhoria do atendimento na saúde, a realização de obras que evitem as alagações e estas poderiam ser feitas juntamente com o trabalho de implantação da rede de água e esgoto; e a melhoria urgente no trânsito da cidade cada dia mais complicado.

A população de Porto Velho, especialmente os moradores das áreas atingidas pelas alagações, devem guardar em arquivo o vídeo de Léo Moraes andando com água na altura das canelas e afirmando que em sua gestão este problema deixará de existir, veiculado em suas redes sociais na noite que antecedeu a eleição. E cobrá-lo desde o primeiro dia de sua gestão, até como forma de ajudá-lo a se livrar da maldição que recaiu sobre Hildon Chaves e sua candidata, que tentaram empurrar ‘goela à baixo’ do povo que Porto Velho está um lugar melhor para se viver, não obstante os indicadores que colocam a cidade como uma das piores do Brasil em qualidade de vida e índice de desenvolvimento humano, o chamado IDH.

Talvez a vida esteja melhor para quem mora em luxuosos condomínios, como o próprio prefeito Hildon Chaves.

Mas, para o povão…

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