PORTO VELHO – Amanhã (domingo), dia 25 de julho, será comemorado em Porto Velho o “Dia Municipal da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha”. Vasta programação será desenvolvida no Mercado Cultural. Na realidade, esta programação especial no Mercado Cultural começa hoje, sábado, 24, na parte da manhã. É a “Feira da Mulher Empreendedora” que vai oferecer produtos diversos para as mulheres de modo geral, em especial, para as mulheres negras.
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Ainda no Mercado Cultural, só que ambiente interno, a artista fotógrafa Marcela Bonfim comanda a exposição com fotos tiradas por ela, das mulheres descendente de Barbadianas, cujas famílias vieram para Porto Velho junto com seus maridos, e contribuíram com a formação educacional dos nossos jovens. Essa exposição fotográfica fica por um mês no Mercado Cultural.
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Prefeitura sanciona lei do ‘Dia Municipal da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha’ em Porto Velho.
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Não é à toa que o dia 25 de julho foi escolhido para tão importante registro. Basta lembrar, que no Brasil, em 2 de junho de 2014, foi instituído por meio da Lei nº 12.987, o dia 25 de julho, como o “Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra”, homenageando uma das principais mulheres, símbolo de resistência e importantíssima liderança na luta contra a escravização.
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A lei nº 2.833, assinada durante cerimônia realizada no espaço do Mercado Cultural, configura o reconhecimento da participação feminina e da negritude na constituição da cidade, que iniciou durante a construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM). Elas, entre outros papeis importantes, também contribuíram como educadoras.
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Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.
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Em 1992, um grupo de mulheres decidiu que era preciso se organizar de alguma forma para reverter os dados que demostravam que a população negra são as mais atingidas com a violência e desigualdade.
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Assim, elas organizaram o primeiro Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas em Santo Domingo, na República Dominicana, onde levaram ao evento, discussões sobre os diversos problemas e alternativas de como resolvê-los.
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A partir desse encontro, nasceu a Rede de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas. A Rede, junto à Organização das Nações Unidas (ONU) lutou para o reconhecimento do dia 25 de julho como o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha.
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O 25 de julho não é apenas uma data de celebração, é uma data em que as mulheres negras, indígenas e de comunidades tradicionais refletem e fortalecem as organizações voltadas às mulheres negras e suas diversas lutas.
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Por outro lado, o Governo Estadual de Rondônia vai festejar a data de 25 de julho, realizando o 1º Prêmio Tereza de Benguela e destaca o Dia da Mulher Negra.
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A comemoração ou premiação, acontecerá amanhã (domingo) dia 25, no Teatro Rio Guaporé, quando será realizada a entrega do 1º Prêmio Tereza de Benguela que está previsto para acontecer entre as 18 e 22 horas.
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O Dia da Mulher Negra, celebrado em 25 de julho, foi instituído pelo Governo Federal, pela Lei nº 12.987/2014. Em Rondônia, a data valoriza a “Memória de Tereza de Benguela” e o “Dia da Mulher Negra”, por meio da Lei nº 4.266/2018, que reconhece Tereza de Benguela como guardiã da cultura dos afrodescendentes no Estado de Rondônia.
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Tereza de Benguela. Em Rondônia, uma grande parcela da população negra é constituída por descendentes de remanescentes quilombolas provenientes do Vale do Guaporé.
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Amanhã (domingo) 25, no Teatro Rio Guaporé 15 mulheres negras notáveis por seus trabalhos em prol da construção de uma cultura de paz, tolerância e igualdade racial, vão receber a Comenda Tereza de Benguela oferecido pela Sejucel.
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Cinco dessas mulheres negras serão escolhidas pelo poder público, 5 pelo Conselho Estadual de Política Cultural e outras 5 pelo Conselho Estadual da Promoção da Igualdade Racial (Cepir-RO).
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Salve o 25 de julho Dia de Tereza de Benguela e “Dia Municipal da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha”.
Por: Sílvio M. Santos