RO, Sábado, 18 de maio de 2024, às 6:11



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Leilão de bens do Gonçalves é o fim melancólico de um império familiar que começou com pequena mercearia em Jaru

PORTO VELHO – Depois de dois anos de andamento processual, o judiciário de Rondônia anunciou para o dia 12 de abril o leilão de imóveis que pertenciam ao empresário José Gonçalves, dono da rede de supermercados Gonçalves, com sede na capital, Porto Velho, e lojas em algumas cidades ao longa da BR-364. Este leilão corresponde às vendas dos imóveis apenas da capital.

A dívida trabalhista do espólio ultrapassa os R$ 22 milhões e os imóveis entregues à justiça em 2019 pelo empresário foram avaliados em R$ 100 milhões.

O leilão, por ordem da juíza de Direito Elisangela Nogueira, de 58 veículos e nove imóveis, sendo 7 em Porto Velho, um terreno não edificado e outro na área rural, decretado pela Justiça, é mais um capítulo na queda de um império nascido de uma modesta mercearia às margens da então poeirenta BR-364, em Jaru, em meados dos anos 1970 e se tornou, na década de 1990,  uma grande rede de supermercados em todo o estado, com filiais em Rio Branco (Acre) e Manaus (AM).

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Até então o sucesso era compartilhado pelos irmãos e sócios José e João Gonçalves até que chegou o momento da separação e cada um seguiu seu caminho.

O João dessa estória é o bem-sucedido dono da rede de supermercado Irmãos Gonçalves (nome original quando ainda eram sócios – José passou a usar somente o Gonçalves) e de um dos maiores frigoríficos exportadores de carne bovina de Rondônia.

Enquanto João – agora em carreira solo – prosperava, José mergulhava em problemas, agravados com a crise do segundo governo da presidente Dilma Rousself, culminando com a falência.

O epílogo dessa trajetória deve se dar até o final deste ano.

O leilão será através de três chamadas, respectivamente nos dias dia 12 e 26 de abril e em 10 de maio deste ano, na modalidade de pregão eletrônico, tendo como leiloeira oficial pública Vera Maria Aguiar de Sousa.

O edital trata única e exclusivamente da Alienação Judicial dos bens em falência, nas condições e modalidade descritos neste edital, que se dará nos termos da Lei n.º 13.105/05 (Código de Processo Civil – CPC) e dos demais dispositivos aplicáveis, inclusive de outros instrumentos legais, concretizando-se por força do art. 139 e seguintes da Lei n.º 11.101/05 (Lei de Falências – LFRE) para a realização de caixa (ativo), visando futuro pagamento dos credores da massa falida (passivo), não se tratando neste momento de fase de habilitação de créditos ou apresentação de documentos por credores.

Os bens foram efetivamente arrecadados nos termos do art. 108 da LFREe estão em poder e guarda da administração judicial representante da massa falida, Machiavelli, Bonfá e Totino- MBT Advogados Associados.

FILIAIS

Imóveis onde funcionavam outras filiais da empresa em outros municípios de Rondônia como, por exemplo, Ariquemes, já foram leiloados e as dívidas estão sendo liquidadas. Acredita-se que boa parte dos débitos estarão sanados até o final deste ano.

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