
A inflação vem desafiando a criatividade da equipe econômica do governo do presidente Lula. Na ausência de medidas econômicas consistentes e duradouras, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, insiste na elaboração de ideias e propostas que em nada contribuem para reduzir os índices inflacionários, quando, na verdade, os responsáveis pela economia deveriam se preocupar com as consequências nocivas da inflação, da qual toda a sociedade deseja fugir. Afinal, isso é o mínimo que o contribuinte espera e a população reclama dos que são pagos para administrar a coisa pública.
A experiência brasileira, recente ou não, revela que não há mágica para reduzir a inflação. O remédio é o mesmo, ontem e hoje. Fora do receituário, pouco ou nada se há de esperar que traga avanços ou ganhos duradouros à sociedade. Mesmo quando a alteração das leis em vigor se faz segundo os ritos formais, tal conduta não basta para oferecer tranquilidade à população e indicar caminhos seguros no combate ao monstro inflacionário. Pelo contrário, algumas dessas iniciativas conseguem apenas alimentar suspeitas de que algo mais grave está por acontecer.
Se às autoridades econômicas do governo do presidente Lula faltam ideias capazes de enfrentar adequadamente a inflação, não será com medidas de cunho meramente populista que tal finalidade será alcançada. Enquanto permanecer na mente dos economistas oficiais o propósito de responder as dificuldades vivenciadas pela Nação com medidas populistas, que ignoram a verdadeira essência do problema, mínima será a possibilidade de a inflação refluir a patamares, digamos, aceitáveis.