Hamas recua após fala áspera de Trump e libera três novos reféns em cumprimento a cessar fogo em Gaza

Três reféns foram libertados neste sábado em Khan Younis, na Faixa de Gaza. A libertação ocorreu após intensas negociações mediadas por Egito e Catar, com apoio dos Estados Unidos, superando um período de impasse nas negociações.

Os libertados são Sagui Dekel-Chen (americano-israelense), Alexandre Sasha Troufanov (russo-israelense) e Iair Horn (israelense). A Cruz Vermelha coordenou a transferência dos reféns para território israelense. Esta libertação faz parte de um acordo mais amplo que já resultou na soltura de 16 reféns anteriormente, além de cinco tailandeses em uma ação não prevista inicialmente.

Como parte do acordo, Israel iniciou a libertação de prisioneiros palestinos em Beitunia, na Judeia e Samaria (Cisjordânia). O Crescente Vermelho Palestino precisou prestar atendimento médico a quatro dos detidos liberados devido a seu estado físico debilitado.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha expressou preocupação com a condição dos 76 reféns que ainda permanecem em Gaza, especialmente após observar o estado físico precário dos recém-libertados. Aproximadamente metade desses reféns é considerada viva.

O acordo prevê ainda ações humanitárias em Gaza, incluindo a entrada de casas móveis para desabrigados e equipamentos para remoção de escombros.

Desde o início do conflito em outubro de 2023, mais de 50 mil pessoas morreram, entre judeus e palestinos. Segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza,  cerca de 90% dos 2,3 milhões de habitantes do território foram deslocados e aproximadamente 48 mil mortos. A primeira fase do atual cessar-fogo deve se estender até o início de março, embora a situação permaneça tensa e as negociações para uma solução definitiva continuem em andamento.