PORTO VELHO – Há exatos 32 anos, o dia 16 de outubro, caiu numa terça-feira, como o 16 de outubro de hoje, um dia intercalado com pancadas espaçadas de chuva, com tempo nublado e sol entre nuvens e um crime estava em andamento e que viria a abalar as estruturas políticas de Rondônia e do Brasil: naquele dia quente de outubro o plano de executar o então candidato a governador Olavo Pires estava em andamento e viria a ter seu desfecho final pouco depois das 20h, quando o então senador saiu de uma reunião política no extinto jornal O Estadão do Norte, e chegava a sede sua empresa, a Vepesa, na esquina da atual Avenida Jorge Teixeira com Avenida Amazonas.

Uma rajada de tiros de metralhadora fazia o sinal da cruz no corpo do senador, executado com 16 tiros de metralhadora em plena via pública.

Aquela morte física completava um plano para eliminar o senador, que começou há pelo menos, quatro anos antes, quando foram divulgados em todo o estado uma campanha em outdoor com a singela frase: diga não ao traficante.

A campanha em outdoor não fazia referência a ninguém, mas antes dessa campanha antecedeu uma outro silenciosa em que Olavo Pires era acusado (sem provas) de integrar uma rede de traficantes internacionais de droga.

No primeiro momento, foi um Deus nos acuda, com distribuição de acusações de manado e execução para todos os lados.

Osa primeiros a quem os dedos acusatórios foram apontados foram os dois candidatos que viriam a disputar a então novidade da eleição estadual disputados em dois turnos: Valdir Raupp (PRN) que estava no segundo turno junto com Olavo Pires e Osvaldo Piana (PTR), que havia ficado em terceiro lugar na votação do primeiro turno.

Passada as primeiros emoções e comoções provocadas pela morte física do senador, deram lugar a investigação oficial e ao inquérito policial e até hoje, 32 anos, depois, ninguém foi punido pela morte do então senador Olavo Pires.

Carlos Araújo, para www.expressaorondonia.com.br

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