PORTO VELHO – É inacreditável a inércia das autoridades constituídas nas tratativas para uma solução ao impasse criado pela operação da Polícia Federal, do Ibama e ICMbio em que mais de oitenta balsas e dragas foram dinamitadas no meio do rio Madeira, no trecho que vai da região do Belmont, em Porto Velho, até trechos do rio já no estado do amazonas. Desesperados com os prejuízos e revoltados com a arrogância criminosa dos agentes públicos, nesta sexta-feira os garimpeiros continuam em protesto e mantém fechada a estrada do Belmont, uma artéria de importância estratégica para a economia do estado.

É por essa estrada interditada pelos garimpeiros que passa todo a gasolina e óleo diesel que abastece Rondônia e Acre. Se persistir o bloqueio, o abastecimento nos dois estados pode entrar em colapso.

Politicamente falando, Rondônia vive um momento excepcional, com a bancada federal de oito deputados federais em fim de mandato, três senadores e oito deputados federais e um senador eleitos no último dia 2.

No entanto, não se vê, de verdade, ninguém se habilitar a abrir um debate sobre essa situação

Na Estrada do Belmont, o protesto de garimpeiros entra no segundo dia. A estrada foi fechada com pneus, pedaços de madeiras e restos de eletrodomésticos.

Filas de carros e carretas estão formadas nos dois lados.

Garimpeiros e seus familiares estão no local do bloqueio e, por enquanto, não há previsão de liberação da via, mas a Polícia Militar negocia com os manifestantes, mesmo debaixo de chuva, para que a estrada seja liberada.

Bloqueio na BR-319

Os garimpeiros que interditam a estrada do Belmont é o mesmo grupo fechou na quarta-feira, 12, um trecho da BR-319, próximo a ponte sobre o rio Madeira. Eles atearam fogo em pneus e pediram a presença de autoridades, em protesto contra a explosão de dragas que atuavam na extração de ouro no leito do rio Madeira.

Filas de carros e carretas foram formados dos dois lados da via e após mais de três horas de bloqueio, motoristas forçaram a passagem por entre os manifestantes e a rodovia foi liberada.

Nesta sexta-feira (14) há um congestionamento de carretas na estrada e a Polícia Militar (PM) negocia com os manifestantes, debaixo de chuva, para que a estrada seja liberada.

Segundo informações oficiais, 81 embarcações já foram fiscalizadas e, de acordo com a polícia, todas as medidas administrativas legais e necessárias para a desestruturação da prática do garimpo ilegal foram tomadas.

Ainda segundo a PF, a destruição das dragas foi necessária por não ser possível guardar, transportar ou apreender os equipamentos das embarcações.

O rio Madeira é considerado uma Área de Proteção Ambiental (APP), e não tem a atividade de garimpo permitida no local.

Com informações e imagens do G1 Rondônia

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