RO, Terça-feira, 29 de abril de 2025, às 11:19






Fraude no INSS: policial é suspeito de dar carona a investigados em viatura

Relatório da PF mostra imagens do circuito de segurança do aeroporto de Congonhas, em São Paulo; agente foi afastado do cargo por decisão da Justiça

Imagens mostram circuito de segurança do aeroporto de Congonhas • Reprodução da PF

O relatório da Polícia Federal (PF) sobre a investigação que apura fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) revela quem é o agente da PF afastado do cargo por determinação judicial.

Em um trecho das 248 páginas, a PF aponta que o policial Philipe Roters Coutinho aparece em imagens do circuito de segurança do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, dando uma carona a dois investigados nesse caso.

A imagem de 28 de novembro do ano passado mostra quando Virgilio Antonio Ribeiro de Oliveira Filho, procurador-geral da PFE/INSS, e Danilo Berndt Trento, chegam ao aeroporto e encontram o policial federal na área de embarque.

Eles se cumprimentam e andam em direção à saída. Philipe conduz Trento e Virgílio a saírem pela porta de acesso ao desembarque remoto.

“Destaca-se que a área de embarque e desembarque remoto é de circulação restrita, acessível apenas para quem embarca ou desembarca via ônibus ou para quem presta serviço dentro do aeroporto, com a devida autorização legal. Não obstante isso, observa-se que Philipe Roters conduz Virgilio e Danilo Trento por toda a área restrita”, diz a PF.

As imagens do relatório da PF também apontam que “os indigitados embarcam em viatura ostensiva da Polícia Federal, para uso exclusivo em serviço por policiais federais”.

Imagens mostram circuito de segurança do aeroporto de Congonhas • Reprodução da PF

A carona foi em direção ao embarque de aviões privados. Dez minutos depois da carona, o avião decola.

“Sobre o agente de Polícia Federal Philipe Roters Coutinho, além da ilegalidade da conduta acima apresentada, possui, assim como diversos investigados, movimentações em viagens com perfil de compra atípico, consubstanciadas em deslocamentos com compra de passagens ‘em cima da hora’ e voos ‘bate/volta’, principalmente para Brasília”, diz a PF.

Imagens mostram circuito de segurança do aeroporto de Congonhas • Reprodução da PF

No caso específico do agente, a Polícia Federal pediu busca e apreensão contra ele para “esclarecer sua participação”. Na semana passada, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, disse que a medida contra o agente mostra uma investigação técnica e não se furta em “cortar na própria carne”.

Fonte: CNN Brasil

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